Taxa de Custódia do Tesouro Direto: o que é e como influencia no seu dinheiro

Por Redação Onze

Talvez você tenha visto a seguinte notícia em algum lugar: a Taxa de Custódia para investir no Tesouro Direto caiu, em 2019, de 0,30% para 0,25% ao ano.

Essa taxa existe para compensar a Bolsa de Valores e instituições financeiras específicas, como corretoras de valores e bancos comerciais, que estão autorizadas a guardarem os títulos públicos de seus clientes. Tais instituições guardam as informações dos títulos e os saldos de cada cliente e por isso são chamadas de Agentes de Custódia.

Calculada de forma proporcional ao tempo em que o investidor mantém o título, a Taxa de Custódia do Tesouro Direto é cobrada semestralmente (em duas parcelas de 0,125%, nos primeiros dias úteis de janeiro e de julho) ou no caso de um evento como: recebimento de juros, venda do título, resgate antecipado ou vencimento do título. Não confundir com a Taxa de Administração, que varia de instituição para instituição – muitos bancos e corretoras sequer fazem essa cobrança: a página do Tesouro Nacional oferece uma lista das instituições autorizadas a operar no Tesouro Direto e suas respectivas Taxas de Administração.

Taxa de Custódia – 0,25% ao ano, em 2x semestrais de 0,125% ou em caso de recebimento de juros, venda, resgate ou vencimento do título (eventos de custódia); é descontado diretamente da conta do cliente na respectiva instituição financeiraTaxa de Administração – varia de acordo com a instituição; muitas não cobram.

A redução da Taxa de Custódia ocorrida esse ano significa que, se uma pessoa investir R$ 10 mil em títulos do Tesouro Direto, pagará R$ 25 reais por ano de Taxa de Custódia. O Governo tomou essa medida com a intenção de atrair um maior número de pequenos investidores. Mas, afinal: o que é o Tesouro Direto e qual é a vantagem dessa forma de investimento para você?

Tesouro Direto: Investimento Acessível e Conservador

Imagine o seguinte cenário: você empresta parte do seu dinheiro para o Governo Federal aplicar em segurança, saúde, transporte ou educação e, em troca, ganha um título de aplicação para que, no futuro, receba de volta o que foi emprestado com juros. Em linhas gerais, é assim que funciona o Tesouro Direto (TD), a forma que o governo brasileiro encontrou e lançou em 2002 para facilitar o acesso de pessoas físicas aos títulos públicos.

Até 2001, você só poderia investir em títulos públicos de forma indireta, por meio de um fundo de renda fixa que contaria com um administrador profissional e que estaria sujeito à cobrança de altas taxas administrativas. A partir da criação do programa do Tesouro Direto, qualquer pessoa que possui um CPF válido, está cadastrada em uma instituição financeira autorizada (um banco, por exemplo) e tem acesso à Internet pode se tornar o detentor de um título público.

A acessibilidade também se reflete no preço da aplicação: o menor valor que pode ser investido para se ter acesso ao Tesouro Direto é de aproximadamente R$ 30. O  Ministério da Fazenda traz, na página do Tesouro Direto, uma tabela com os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para se investir  (de acordo com o título escolhido e sua respectiva taxa de rendimento, o valor mínimo pode superar os R$ 100).

Título Público – É um ativo de renda fixa, cujo rendimento pode ser calculado no momento do investimento. Ao contrário das ações, que são mais voláteis e possuem renda variável, o título público é um investimento conservador que é 100% garantido pelo Tesouro Nacional. São divididos em:

Prefixados: títulos cuja rentabilidade é definida na hora do investimento e se manterá assim se o investidor respeitar a data de vencimento;
Pós-fixados: títulos cujos valores são corrigidos de acordo com dois tipos de indexadores (Índice de Inflação Oficial-IPCA ou Taxa Selic).

Trabalhando com as taxas e impostos

Apesar da Taxa de Custódia ser a única taxa obrigatória do Tesouro Direto (como explicamos anteriormente, a Taxa Administrativa é opcional e varia segundo a instituição financeira que o cliente escolher), os títulos públicos também são acometidos pelo Imposto de Renda. Quanto mais curto for o tempo em que o dinheiro ficar investido no tesouro, maior será o imposto cobrado sobre a operação:

Cobrança de Imposto sobre o resgate de títulos:
– Até 180 dias: 22,5%
– De 181 a 360 dias: 20%
– De 361 a 720 dias: 17,5%
– Acima de 720 dias: 15%

A própria página do Tesouro Direto disponibiliza um simulador para que você possa escolher o título público mais adequado para o seu perfil, o que é uma boa forma de planejar o retorno financeiro que se espera ganhar. Segundo o Governo Federal, o número de investidores cadastrados no Tesouro Direto ao final de 2018 era de cerca de 3 milhões de pessoas, que acumulavam mais de R$ 53 bilhões aplicados.

Últimas projeções e Conclusão

Os dados mais recentes divulgados pelo Governo no que se refere às taxas de rendimento oferecidas pelos títulos públicos disponíveis através do Tesouro Direto apontam para uma elevação nas projeções de retorno para o ano que vem. Elas acompanham os aumentos nas projeções tanto para a inflação quanto para o PIB nacional em 2020.

No fim das contas, o Tesouro Direto é um tipo de investimento mais indicado para quem está disposto a colher os frutos a longo prazo. O baixo risco de prejuízo e a possibilidade de se calcular os rendimentos futuros no momento em que se escolhe o título público mais adequado ao seu perfil são outros atrativos dessa modalidade de aplicação.

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