Como calcular juros bancários e valorizar o seu dinheiro

Por Redação Onze

calculadora

Você sabe como calcular juros bancários? Seja nas operações de empréstimo, financiamento ou investimento, eles estão sempre lá, contribuindo para o resultado no final das contas.

Entender o peso dos juros nas transações que envolvem dinheiro é passo fundamental no planejamento de qualquer orçamento – seja pessoal ou da sua empresa.

Quer saber se aquele financiamento é viável? Ou se determinado investimento vale a pena? A resposta está no cálculo correto dos juros bancários, como mostraremos a seguir. 

Cálculo de juros bancários: simples ou compostos?

Antes de aprender como calcular juros bancários, saiba que eles são sempre juros compostos, ou juros sobre juros. A regra vale para operações de crédito e de investimento.

O cálculo é feito com base na taxa de juros, expressa em percentual. Quanto mais alta a taxa, maior a “bola de neve” ao longo do tempo.

O nosso foco neste post será o juro composto, por ser o mais usual nas transações bancárias. A diferença entre juro simples e composto está na aplicação da taxa.

Nos juros simples, a taxa é aplicada apenas sobre o capital inicial, portanto o crescimento é linear. Nos juros compostos, a taxa é aplicada sobre o capital e também sobre os juros incorporados a ele – logo, há um crescimento exponencial.

Exemplo de juros compostos

Imagine que você pegou R$ 2.000,00 emprestados a uma taxa de juros de 3% ao mês. O crescimento exponencial da dívida será da seguinte forma:

  • 1º mês: R$ 2.000,00 a 3% = R$ 2.060,00 (R$60,00 de juros)
  • 2º mês: R$ 2.060,00 a 3% = R$ 2.121,80 (61,80 de juros)
  • 3º mês: R$ 2.121,80 a 3% = R$ 2.185,40 (63,65 de juros).

Percebe o efeito exponencial dos juros compostos? A cada mês, os juros do mês anterior são incorporados ao capital, o que resulta em mais juros.

Importância de calcular juros bancários

É fundamental que você saiba como calcular juros bancários para comparar e simular situações hipotéticas antes de decidir – seja por um empréstimo/financiamento ou investimento.

As taxas variam muito de uma instituição financeira para outra, dependendo do perfil do cliente e da política do agente financeiro.

Juros em financiamentos / empréstimos

Se você precisa de empréstimo ou financiamento, quanto menor a taxa de juros, melhor para o seu bolso. Mas como encontrar as melhores taxas do mercado

Essa informação também tem no site do Banco Central. O órgão divulga um ranking das taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras de todo o país por ordem crescente.

É um ótimo filtro. As tabelas são classificadas por modalidades de crédito, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.

Custo Efetivo Total

Além das taxas de juros, fique atento ao Custo Efetivo Total (CET) de empréstimos e financiamentos, que inclui taxas administrativas e outros encargos. O CET pode conter:

  • IOF: Imposto sobre Operações Financeiras, cobrado obrigatoriamente em casos de empréstimo, financiamento, operações de câmbio etc.
  • TAC: Taxa de Abertura de Crédito, que apesar de não ser obrigatória pode ser cobrada por algumas instituições financeiras.
  • Taxa de Administração: também não é obrigatória, mas pode ser cobrada pelo agente financeiro.

Juros em investimentos 

Os juros em investimentos também são compostos. Quando você investe em renda fixa, seja um título público ou privado, está emprestando dinheiro a juros.

As taxas podem ser pré-fixadas, quando você sabe exatamente quanto vai receber no futuro, ou pós-fixadas, vinculadas a algum índice de referência, como Selic ou CDI.

Ao investir em um título bancário, como CDB ou LCI/LCA, você empresta dinheiro ao banco e recebe juros por isso. O banco então pega seu dinheiro e empresta a outras pessoas que estão precisando de crédito – só que a uma taxa de juros bem maior.

Percebe a presença dos juros em todas as transações? Nesse caso, você precisa saber como calcular os juros bancários para descobrir a melhor (neste caso, a maior) taxa de rendimentos.

Como calcular juros bancários

Sabemos que os juros bancários são compostos, tanto para investir quanto para tomar crédito. Então vamos entender como o cálculo é feito.

Mesmo que você não seja adepto das fórmulas matemáticas, é possível fazer simulações por meio de sistemas e calculadoras gratuitas, como a do Banco Central. Basta preencher algumas informações, e o resultado é calculado imediatamente.

Na Calculadora do Cidadão do Banco Central, é possível calcular aplicação com aportes regulares, financiamento com prestações fixas, valor futuro de um capital ou correção de valores com base em índices. A ferramenta é gratuita.

Além de calculadoras como a do Banco Central, que facilitam bastante o trabalho, você pode usar fórmulas ou planilhas para obter os resultados desejados.

Vamos usar como exemplo alguém que pegou emprestado R$ 5.000,00 para pagar em cinco anos a uma taxa de 10% ao ano. Qual o tamanho da dívida e o total de juros?

Usando a fórmula, teremos a seguinte conclusão:

M = C(1+i)^t

  • M =Montante a pagar
  • C = Capital emprestado
  • i = Taxa de juros
  • t = Tempo

 

  • M=R$ 5.000,00*(1+0,1)^5
  • M=R$ 5.000,00*(1,1)^5
  • M=R$ 5.000,00*1.61051
  • M=R$ 8.052,55

Nesse exemplo, a dívida será de R$ 8.052,55. Subtraindo o capital emprestado do montante total, temos R$ 3.052,55 de juros.

É possível fazer o cálculo também no Excel, usando a seguinte fórmula: =(valor do empréstimo)*(1 + taxa de juros)^(duração).

Viu como é importante entender a influência dos juros nas transações financeiras? Seja para emprestar dinheiro ou pegar emprestado, fique de olho nas taxas para não ser pego de surpresa.

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