Ibovespa: histórico e como investir no índice da bolsa

Por Redação Onze

Ibovespa

Interessado em saber mais sobre o histórico do Ibovespa, o índice que reúne as cotações das ações das principais empresas negociadas na bolsa de valores brasileira?

O Ibovespa é a principal referência para os investidores em renda variável. O objetivo é refletir o desempenho das ações mais negociadas e mais representativas da B3, nome atual da bolsa brasileira.

Além de facilitar o acompanhamento da bolsa, o índice também é uma maneira de investir nas principais ações da bolsa com uma única aplicação. Isso é possível com um ETF (Exchange Traded Fund), sobre o qual falaremos em breve.

Ficou interessado? Então tire suas dúvidas sobre o histórico do Ibovespa e como investir nesse índice.

Histórico do Ibovespa

O histórico do Ibovespa nos remete a 1967, e o índice começou a ser calculado em 2 de janeiro de 1968. No início, foi determinado que as ações da primeira carteira valeriam, somadas, o equivalente a 100 cruzeiros novos, representados por 100 pontos.

Com a inflação galopante do final dos anos 1960 e nos 1970, logo a administração precisou fazer “cortes de zeros”, como era habitual com as mudanças de moeda da época.

Ao longo do tempo, foram cortados 11 zeros, sem os quais hoje o Ibovespa valeria algumas dezenas de quadrilhões de pontos, dificultando bastante as operações.

No início, as negociações eram feitas no grito, ao redor de um balcão, com as cotações marcadas a giz em uma lousa. Hoje, tudo acontece pela internet em tempo real. A composição da carteira é renovada a cada quatro meses, e não por acaso.

Nos primeiros anos, os cálculos eram feitos à mão, e os feriados de 1º de janeiro e 1º de maio eram uma oportunidade para esse trabalho. Apenas no quadrimestre encerrado em 31 de agosto, os responsáveis precisavam virar a noite calculando e definindo as empresas que passariam a compor o índice.

São vários os critérios para inclusão das companhias, e as regras foram as mesmas de 1968 a 2013. Em 2014, a Bolsa fez algumas alterações com o objetivo de reduzir a concentração dos ativos, que mesmo assim segue consideravelmente grande.

Entre as mudanças, as ações valendo menos de R$ 1 foram excluídas do cálculo. Para fazer parte do índice, hoje, as ações precisam estar presentes em 85% dos pregões e ter volume financeiro acima de 0,01% no último ano.

Depois de ter englobado mais de 100 empresas nos anos 1980, hoje o índice é composto por 64 ações de 61 empresas. Das 17 companhias presentes no primeiro índice, em 1968, apenas duas resistiram até hoje: Vale (então Vale do Rio Doce) e Ambev (então Antarctica).

Histórico do Ibovespa x CDI

Como em qualquer tipo de investimento, é importante analisar a o histórico do Ibovespa em termos de rentabilidade.

Há uma discussão antiga no mercado financeiro, entre os que destacam a superioridade da renda variável (ações) e os defensores da renda fixa, que enxergam o passado glorioso desse tipo de investimento.

Hoje, a rentabilidade da renda fixa diminuiu muito, mas o diferencial a seu favor é a segurança. Investir no índice Ibovespa é considerado uma operação de risco alto, porém com uma capacidade de retorno expressiva, especialmente no longo prazo.

Historicamente, o Ibovespa oscila muito. Na década de 2010 a 2019, a renda fixa foi campeã de rentabilidade. O CDI (Certificado de Depósito Interbancário, índice próximo à Selic que baliza a renda fixa) teve valorização de 153% ao longo desses dez anos.

No mesmo período, o Ibovespa teve apenas 57%, perdendo até para a poupança (88%). Isso se deve aos resultados ruins da Bolsa na primeira metade da década e às taxas de juros brasileiras, sempre elevadas para domar a inflação, atrair capital e acalmar os ânimos.

Os anos de 2016 em diante mostraram uma boa recuperação da Bolsa, e o cenário para a década de 2020, com baixa história na taxa de juros, se desenha para uma rentabilidade maior na renda variável.

Como investir no Ibovespa

Há várias maneiras diferentes de investir no Ibovespa. A maneira mais prática para o investidor iniciante é por meio dos chamados ETFs, que são fundos passivos que buscam replicar um índice.

Afinal, o Ibovespa nada mais é que uma carteira teórica que combina as principais e mais negociadas ações. Seria bem trabalhoso comprar e vender ações das mais de 60 empresas representadas, então é mais prático comprar um fundo que representa todas.

O principal ETF do Ibovespa é o BOVA11, gerido pela empresa americana BlackRock. Com o tempo, foram surgindo opções: o BOVV 11, do Itaú Unibanco, e o BOVB11, gerido pelo Bradesco, ambos com taxas de administração reduzidas.

E então, o que achou de aprender mais sobre o Ibovespa, o histórico do índice e as melhores formas de investimento? Deixe um comentário e compartilhe este artigo com seus amigos e colegas que também buscam um futuro financeiro mais confortável e próspero.