A saúde financeira dos funcionários deve ser prioridade

Por Redação Onze

Se a preocupação com as finanças estiver alta, é você quem paga a conta das horas improdutivas, alto índice de turnover, faltas e desmotivação. Por isso, as empresas estão assumindo seu papel no combate ao estresse financeiro e buscando maneiras de melhorar a relação dos colaboradores com o dinheiro.

Neste artigo, você terá informações embasadas e dicas importantes para garantir a saúde financeira dos funcionários e manter a performance dos seus talentos.

Por que a saúde financeira dos funcionários importa?

A preocupação crescente com a saúde financeira dos funcionários tem uma explicação simples: os problemas com dinheiro podem minar a produtividade. Hoje, com as mudanças rápidas no mercado, maior insegurança e alto índice de endividamento, o estresse financeiro atinge boa parte dos colaboradores.

Consequentemente, as contas atrasadas, dívidas que se acumulam e falta de perspectiva para o futuro deixam os profissionais distraídos, desanimados e improdutivos. Muitos adoecem física e psicologicamente por conta dessas preocupações — e afetam ainda mais os resultados da empresa.

Por isso, os gestores têm se conscientizado sobre seu papel na educação, apoio e orientação financeira aos seus funcionários.

Se antes a questão financeira era vista como um problema pessoal, agora é parte essencial dos programas de bem-estar corporativos, que buscam melhorar a relação dos funcionários com o dinheiro. E os resultados dessas iniciativas são animadores: maior atração e retenção de talentos, redução do turnover, aumento da produtividade e alívio do estresse.

A seguir, vamos descobrir por que a saúde financeira está no radar das empresas e como você pode acompanhar a tendência.

Números preocupantes sobre a saúde financeira dos funcionários

Se você precisa de números para entender o impacto da saúde financeira dos funcionários, estatística é o que não falta.

De acordo com a edição de 2019 da pesquisa anual da consultoria PwC sobre bem-estar financeiro dos colaboradores, Employee Financial Wellness Survey, 59% dos entrevistados apontam o dinheiro — ou a falta dele —  como seu principal motivo de estresse no trabalho.

Em seguida, vêm os próprios desafios do cargo (15%), relacionamentos com gestores e colegas (12%) e questões de saúde (10%).

Em relação aos impactos do estresse financeiro na produtividade, 35% dos colaboradores admitem que as preocupações com dinheiro causam perda de foco e distrações durante o expediente. Desses, quase metade (49%) dizem perder mais de três horas de trabalho semanais pensando em como lidar com seus problemas financeiros.

Além disso, os millennials se mostraram os mais afetados: 49% sofrem de baixo rendimento por conta da questão financeira. Em ordem de gravidade, o estresse financeiro prejudica mais a saúde física e mental (32%), os relacionamentos em casa e no trabalho (32%), a produtividade em geral (21%) e a assiduidade no emprego (10%).

Os dados combinam com os resultados da pesquisa The Employer’s Guide to Financial Wellness 2019, publicada pela Salary Finance, que revela as seguintes estatísticas sobre colaboradores financeiramente estressados:

  • Perdem cerca de 3,4 horas produtivas por semana pensando em dinheiro
  • Têm 4,9 vezes mais chances de apresentar baixa performance no trabalho
  • Correm 5,8 vezes mais risco de não terminar suas tarefas do expediente
  • Têm 4,5 vezes mais chances de ter problemas nos relacionamentos com colegas
  • Têm 2,2 vezes mais propensão a procurar outro emprego.

Ou seja: os problemas com dinheiro afetam a performance, derrubam o engajamento e ainda elevam os níveis de absenteísmo e turnover (rotatividade de funcionários).

No Brasil, uma pesquisa da consultoria BlackRock, publicada em 2019 na InfoMoney, mostra que o dinheiro é a principal causa de estresse no Brasil, apontada por 58% dos entrevistados — em segundo lugar, vem o próprio trabalho com 57%.

Além disso, os brasileiros não estão focando na aposentadoria como deveriam (apenas 53% poupam para o futuro, contra a média global de 63%) e fazem escolhas erradas nos investimentos (62% ainda aplica na poupança).

Outro ponto preocupante é o alto índice de endividamento no país: quase 40% da população adulta está endividada no Brasil — são 61,3 milhões de consumidores negativados, segundo dados do SPC publicados no G1 em 2020.

Isso significa que, muito provavelmente, boa parte dos seus colaboradores precisa de uma força para reorganizar sua vida financeira.

Quanto as empresas perdem com a má saúde financeira de funcionários

De acordo com a pesquisa da Salary Finance, a má saúde financeira dos funcionários custa de 11 a 14% do salário para as empresas, contando os dias improdutivos e custos extras de recrutamento e treinamento. Ao todo, isso representa um prejuízo anual de US$ 500 bilhões para as empresas norte-americanas.

Segundo uma estimativa da Financial Finesse, uma empresa especializada em programas corporativos de bem-estar financeiro, publicada em 2016, estes são os custos aproximados do estresse financeiro em uma organização de 5 mil funcionários nos EUA:

  • US$ 44.341,40 em penhoras de salários
  • US$ 88.722,90 em impostos extras sobre a folha de pagamento
  • US$ 225 mil em custos de turnover
  • US$ 426.439,60 em custos de absenteísmo
  • US$ 650 mil em aposentadorias adiadas (queda de performance e permanência no cargo)
  • US$ 1,35 milhões em assistência médica e psicológica.

Ou seja: cada empresa pode arcar com mais de US$ 2,7 milhões em custos se a saúde financeira dos funcionários não estiver adequada.

3 cases de sucesso na saúde financeira dos funcionários

Para entender como as empresas estão cuidando da saúde financeira dos funcionários e evitando prejuízos, vamos conferir alguns cases de sucesso. Conheça algumas iniciativas em prol das finanças dos colaboradores.

1. Catho

A Catho, responsável por um dos maiores sites de empregos do país, percebeu que a saúde financeira dos funcionários não ia bem quando começou a receber muitas solicitações de antecipação do 13º salário ou empréstimo pessoal.

Conforme publicado em 2017 na Dinheirama, a empresa decidiu ajudar seus colaboradores a administrar melhor seu dinheiro, criando o Programa Sucesso Financeiro.

O projeto foi implementado pela consultora Roberta Omeltech e inclui aulas de educação financeira, assessoria para planejamento do orçamento e orientação para quitação de dívidas. Como resultado, a empresa conseguiu reduzir a taxa de absenteísmo em 2% e melhorar a motivação, sono e alimentação de 69% do seu pessoal.

2. Totvs

A Totvs, empresa brasileira de software, também conseguiu reduzir seu índice de absenteísmo para apenas 1% com um programa de reeducação financeira, segundo informações publicadas em 2018 no Valor Econômico.

A iniciativa começou com uma rodada de palestras e dicas para sair do endividamento, então a empresa viu a necessidade de criar um canal permanente de atendimento por telefone para orientações financeiras. Assim, foi possível reduzir os pedidos de antecipação de 13º, crédito consignado recorrente e até demissões para receber verbas rescisórias.

3. Prudential

A Prudential é uma multinacional de seguros que inovou no seu programa de saúde financeira dos funcionários

De acordo com o case publicado em seu site em 2018, a empresa foi pioneira em utilizar inteligência artificial e análise de dados para encontrar soluções para o estresse financeiro dos colaboradores.

Em 2008, a empresa identificou que quase um terço dos funcionários sofria do problema, e usou os dados para implementar iniciativas como coaching financeiro, webinários sobre orçamento doméstico, aconselhamento personalizado, planos de previdência privada com coparticipação, etc.

Como resultado, em 2016 somente 16% dos colaboradores continuavam relatando algum nível de estresse com as finanças.

Como apoiar a saúde financeira dos funcionários

Agora que você está consciente sobre a importância da saúde financeira dos funcionários, já pode criar seu próprio programa para apoiar seu pessoal.

Lembrando que, de acordo com uma pesquisa realizada pela ADP Research Institute com 7 mil pessoas em 13 países, publicada em 2020 na Exame, cerca de 90% dos funcionários preferem trabalhar em uma empresa que se preocupa com as suas finanças.

Então, se você quer atrair e reter talentos garantindo sua produtividade, siga os passos a seguir.

1. Entenda o que seus funcionários precisam

Todo programa de saúde financeira dos funcionários deve se adequar à realidade da empresa, pois não existe uma fórmula pronta para isso.

Logo, o primeiro passo é entender como anda a relação dos seus colaboradores com o dinheiro, qual o nível de estresse financeiro e o que eles esperam da empresa. Para isso, você pode conduzir uma pesquisa anônima, fazer entrevistas e avaliar indicadores como pedidos de antecipação de salários e empréstimos consignados.

2. Ofereça educação financeira

A educação financeira é o principal pilar dos programas de bem-estar voltados às finanças, pois grande parte dos problemas com dinheiro vêm da falta de conhecimento, planejamento e organização.

Mais do que ter acesso a recursos, seus colaboradores precisam saber como utilizá-los da forma correta. Por isso, é importante incluir iniciativas como:

  • Formação em gestão financeira pessoal
  • Assessoria personalizada para planejamento financeiro
  • Orientação ao uso consciente do crédito
  • Consultoria de investimentos
  • Auxílio no orçamento doméstico e controle de despesas
  • Apoio à construção de patrimônio e previdência.

3. Adote a flexibilidade

Outro ponto importante para garantir a saúde financeira dos funcionários é oferecer mais flexibilidade.

Ao adotar políticas de horários flexíveis e home office parcial, por exemplo, você ajuda os colaboradores a equilibrar melhor a vida pessoal e profissional. Assim, eles podem cuidar de questões familiares importantes que envolvem suas finanças e conseguem manter sua assiduidade e produtividade.

4. Tenha um bom pacote de benefícios

A saúde financeira é um dos aspectos que compõem o bem-estar geral dos colaboradores, e deve ser combinada à saúde física, psicológica e emocional.

Para cuidar integralmente do seu pessoal, você precisa de um pacote de benefícios completo, que ajude a equilibrar as finanças e também supra as necessidades de cada funcionário.

A dica é incluir assistência médica e psicológica, auxílio-educação, previdência privada complementar, auxílio-creche, participação nos lucros, vale-cultura, mensalidade de academia e outros benefícios que reduzem despesas e aumentam a qualidade de vida.

Onze: saúde financeira dos funcionários em longo prazo

Mais do que garantir a saúde financeira imediata dos funcionários, você precisa ajudá-los a planejar seu futuro. Afinal, com as incertezas em relação ao amanhã, é papel da empresa oferecer uma visão de longo prazo aos seus colaboradores.

Para colocar isso em prática, você pode contar com os planos de previdência corporativa da Onze. Com seus rendimentos superiores e alocação inteligente de recursos, nossos fundos previdenciários são altamente valorizados pelos colaboradores e custam 40% menos que salários aos empregadores, graças a um benefício fiscal.

Para entender melhor como funciona nossa PrevTech, acompanhe nossos conteúdos e considere uma solução integral para a saúde financeira dos seus funcionários — de olho no futuro e nas realizações pessoais.