7 tipos de fundos de investimentos para diversificar sua carteira

Por Redação Onze

São tantos tipos de fundos de investimentos no mercado, que é até difícil escolher qual vale mais a pena. Há fundos de renda variável, renda fixa e multimercados para todos os perfis de investidor, objetivos e estratégias — e cabe a você escolher quais se encaixam melhor na sua carteira.

No Brasil, já existem mais de 20 mil fundos (Anbima) disponíveis para investir em títulos de renda fixa, ações, variação cambial, imóveis, contratos futuros, índices e todas as classes de ativos. Ao comprar cotas dessas aplicações, você consegue diversificar o portfólio sem se preocupar com a gestão e ainda ganha acesso a inúmeros ativos sem precisar de muito capital.

A seguir, apresentamos os principais tipos de fundos de investimentos, classificações e dicas para aproveitar ao máximo as oportunidades das aplicações coletivas.

Por que há diferentes tipos de fundos de investimentos?

Os diferentes tipos de fundos de investimentos refletem o avanço do mercado financeiro, que exigiu a criação de novos produtos para atender às demandas dos investidores. Basicamente, um fundo de investimento é uma modalidade de aplicação financeira coletiva, em que vários investidores compram cotas do fundo e os retornos são divididos proporcionalmente.

Assim, os fundos de investimentos se tornam opções atrativas para entrar no mercado financeiro, pois toda a estratégia fica por conta do gestor, e o investidor só precisa se preocupar em acompanhar o desempenho. Além disso, muitos costumam ter alta liquidez (possibilidade de resgate do investimento em pouco tempo) e viabilizam o acesso a uma carteira diversificada sem precisar de grandes aportes, facilitando a vida do investidor individual.

Quanto à classificação, os tipos de fundos de investimentos permitem ao investidor identificar a classe de ativos que compõe o portfólio, o nível de risco e estratégia de gestão de cada produto. Por isso, existem fundos de renda fixa, fundos imobiliários, fundos de ações, fundos multimercado e vários outros, como veremos ao longo do artigo.

Como os tipos de fundos de investimentos são classificados?

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) organiza os diferentes tipos de fundos de investimentos em quatro classes principais, conforme o Portal do Investidor:

  • Fundos de Renda fixa
  • Fundos de Ações
  • Fundos Multimercado
  • Fundos Cambiais.

Dentro dessas classificações, há vários tipos de fundos de investimentos que se caracterizam pela composição da carteira, exposição ao risco e benchmark (indicador de referência) utilizado, por exemplo.

Segundo o Consolidado Histórico de Fundos de Investimento de abril de 2020, publicado pela Anbima, estes são os números dos fundos de investimento no Brasil:

  • 5,2 trilhões em patrimônio líquido total
  • 2 trilhões na renda fixa
  • 1,1 trilhão em multimercados
  • 393 bilhões em ações
  • 920 bilhões em previdência privada
  • 6,8 bilhões em fundos cambiais
  • 20 mil fundos de investimentos no país.

Apesar do patrimônio considerável, apenas 4% dos investidores brasileiros aplicam em fundos de investimentos, segundo a pesquisa Raio X do Investidor 2019 da Anbima.

Quais são os melhores tipos de fundos de investimento?

Há tipos de fundos de investimentos para todos os perfis, objetivos e bolsos, e só você pode determinar qual se encaixa melhor no seu portfólio. Para começar, a composição da carteira do fundo determina se o foco está na renda fixa (para investidores mais conservadores) ou renda variável (para investidores moderados a arrojados).

Obviamente, se você não quer correr riscos e busca investimentos mais seguros com menor retorno, os fundos de renda fixa que investem em títulos públicos são a melhor opção. Caso tolere um certo nível de risco em nome de uma rentabilidade maior, fundos multimercado e de ações podem ser interessantes.

Além disso, você precisa levar em conta o histórico do fundo, qualidade da gestão, taxas cobradas, liquidez, entre outros critérios. Na própria lâmina do fundo, você terá acesso às seguintes informações essenciais:

  • Público-alvo e restrições de investimento
  • Descrição resumida da política de investimento do fundo
  • Informações sobre investimento mínimo, carência, condições de resgate, taxas cobradas
  • Composição da carteira do fundo
  • Classificação de risco que o administrador atribui ao fundo,
  • Histórico de rentabilidade
  • Exemplo comparativo e simulação de despesa;
  • Descrição resumida da política de distribuição do fundo
  • Informações sobre o serviço de atendimento ao cotista.

7 tipos de fundos de investimentos para incorporar à sua carteira

Se você quer diversificar sua carteira com o apoio de uma gestão profissional, precisa conhecer mais detalhes sobre os diferentes tipos de fundos de investimentos.

Confira alguns dos mais populares do mercado:

1. Fundos de renda fixa

Os fundos de renda fixa são compostos por, no mínimo, 80% de ativos de renda fixa, como títulos públicos (Tesouro), títulos privados e títulos de emissão bancária (CDBs e LCIs/LCAs, por exemplo).

Seus ativos são ligados a indicadores como a Taxa Selic e inflação (IPCA), e ainda há subtipos como:

  • Fundos de renda fixa de curto prazo: são compostos por títulos com prazo de vencimento máximo de 375 dias (ou 60 dias de prazo médio da carteira)
  • Fundos de renda fixa referenciados: são compostos por ativos que acompanham a variação de um determinado indicador (benchmark), como no caso dos fundos DI, que seguem a taxa DI no mercado interbancário
  • Fundos de dívida externa: mantêm 80% de seu patrimônio em títulos representativos da dívida externa.

Naturalmente, esses são os tipos de fundos de investimentos com menor risco e volatilidade do mercado e fazem parte da parcela mais conservadora e líquida da carteira.

2. Fundos de ações

Os fundos de ações focam na renda variável e investem, no mínimo, 67% dos recursos em ações ou ativos relacionados, como bônus ou recibos de subscrição, certificados de depósito de ações, cotas dos fundos de índice de ações e BDRs (Brazilian Depositary Receipts). Eles são excelentes alternativas para quem quer começar a investir na bolsa, pois permitem o acesso a um portfólio de ações diversificado e ainda facilitam o recolhimento de IR.

No entanto, como são aplicações de renda variável, têm maior exposição ao risco e são indicados para investidores moderados a arrojados. Estes são alguns tipos de fundos de ações:

  • Fundos de valor/crescimento: buscam retorno por meio da seleção de empresas com valor subavaliado na bolsa e alto potencial de valorização (método value investing)
  • Fundos de dividendos: investem em ações com bom histórico de dividend yield (renda gerada por dividendos)
  • Fundos Small Caps: investem, no mínimo, 85% do patrimônio em Small Caps.

3. Fundos multimercado

Os fundos multimercado investem em ativos dos mais variados mercados — renda fixa, câmbio e ações, por exemplo — com diferentes combinações e porcentagens de renda fixa e variável, promovendo maior diversificação. Por serem tão versáteis, possuem inúmeros subtipos voltados a todos os perfis de investidor e de estratégia. Confira alguns:

  • Fundos long and short neutros: operam em renda variável (ações, opções, contratos) com neutralidade em relação ao risco, juntando posições compradas e vendidas
  • Fundos long and short direcionais: operam em renda variável com o objetivo de maximizar ganhos e lucrar com a formação de posições compradas e vendidas
  • Fundos macro: atuam com diversas classes de ativos (ações, câmbio e renda fixa) com base no cenário macroeconômico de médio e longo prazo
  • Fundos trading: exploram diversas classes de ativos com o objetivo de lucrar com as oscilações de curto prazo.

4. Fundos cambiais

Os fundos cambiais investem na variação de moedas estrangeiras como dólar ou euro (mínimo de 80% do patrimônio em ativos relacionados). Por essa razão, são tipos de fundos de investimentos muito utilizados para operações de hedge (proteger o poder de compra diante da oscilação da moeda).

5. Fundos de previdência privada

Os fundos de previdência privada são voltados à construção de patrimônio e formação de renda para a aposentadoria, como alternativa ao sistema público de previdência. Eles se destacam entre os tipos de fundos de investimentos pelas vantagens tributárias e funcionamento diferenciado.

Diferentemente de outros fundos do mercado, a previdência privada oferece os seguintes benefícios fiscais:

  • Não possui come-cotas (recolhimento antecipado do IR)
  • Permite o abatimento das contribuições até o limite de 12% da base de cálculo do IR (para planos PGBL)
  • Oferece a opção exclusiva de tributação pela tabela regressiva, que reduz as alíquotas do IR conforme o tempo de aplicação (após 10 anos, o investidor paga apenas 10%).

O funcionamento dos fundos de previdência também é diferente: eles são divididos entre uma fase de acumulação, na qual são realizados os aportes, e uma fase de usufruto, na qual o investidor escolhe como prefere receber os recursos acumulados (na forma de renda vitalícia ou resgate total, por exemplo). Para atender a todos os perfis, há fundos de previdência privada voltados a todas as classes de ativos, como ações, renda fixa e multimercados.

Para quem busca um investimento de longo prazo para construção de patrimônio, são excelentes tipos de fundos de investimento — sem contar o fato de que não passam por inventário, para quem pensa no planejamento sucessório.

6. Fundos imobiliários

Os fundos imobiliários, ou FIIs (Fundos de Investimento Imobiliários), permitem ao investidor ganhar com aluguéis e empreendimentos imobiliários sem precisar comprar um imóvel. Basicamente, são fundos de investimento que aplicam em imóveis, categorias específicas de empreendimentos (escritórios, shoppings, hospitais, escolas, etc.) e títulos do mercado imobiliário.

Eles são considerados fundos de renda variável, pois há o risco de desocupação de imóveis e oscilações de preços no mercado. Um dos motivos pelos quais se tornaram muito populares é a distribuição de rendimentos de aluguéis, que gera uma renda mensal ou semestral (isenta de Imposto de Renda para o investidor pessoa física).

7. Fundos de índice (ETFs)

Por fim, os ETFs (Exchange Traded Fund), também conhecidos como fundos de índice, são fundos de investimentos que “espelham” a performance de índices de referência. Alguns exemplos são os ETFs que replicam o Ibovespa (principal índice de ações da bolsa), o S&P 500 e Índice Brasil (IBrX 100).

Com os ETFs, você consegue diversificar o risco na renda variável investindo em um “pacote” de ativos relacionados a um índice, sem se preocupar com a gestão de cada um deles. Outra vantagem é o custo mais baixo, por se tratar de uma gestão passiva da cesta de ações.

Onze: inovação em fundos de previdência privada

Os fundos de previdência privada vêm ganhando força entre investidores, graças aos benefícios fiscais e perspectivas de retorno em longo prazo.

E nas empresas, eles estão entre os melhores benefícios para oferecer aos colaboradores.  Para entender como funcionam os planos de previdência corporativa da Onze e levar o engajamento dos colaboradores ao próximo nível, conheça as nossas soluções.