Amortizar financiamento: como fazer e quais são as vantagens
Amortizar financiamento significa antecipar as parcelas para reduzir o valor original da dívida.
Muito utilizada por quem recebe um dinheiro extra e deseja reduzir os juros que paga nas prestações, a amortização é comum principalmente no financiamento imobiliário.
Isso porque o financiamento imobiliário tende a ser longo, com um prazo que se estende por décadas. Assim, é natural que a renda de quem executou o financiamento mude ao longo desse período.
Mas até que ponto vale a pena amortizar financiamento? Em quais situações isso é indicado para o consumidor?
Neste artigo, você vai entender quando vale a pena amortizar o financiamento e quando manter as prestações da maneira como estão pode ser mais vantajoso.
O que significa amortizar o financiamento
Amortizar o financiamento é o ato de reduzir o valor original da dívida por meio do antecipação das parcelas.
Embora o ato de pagar a parcela já seja, por si só, uma amortização, esse termo é mais utilizado quando o consumidor decide antecipar parcelas, com o objetivo de reduzir o tempo de financiamento e evitar os juros.
Funciona assim: quando você faz um financiamento, é determinado, em contrato, um valor para cada parcela, assim como a quantidade de parcelas e as condições de pagamento, com os respectivos prazos.
Mas imagine que, três anos após contratar o financiamento, você seja promovido no trabalho, receba uma herança ou ganhe um prêmio na loteria. Nesse caso, pode fazer sentido abater parte do valor original do financiamento e, assim, reduzir os juros e o tempo de contrato.
Amortizar financiamento é exatamente isso. Antecipar parcelas que seriam pagas no futuro para reduzir o valor total e os juros relativos.
A amortização de financiamento pode ocorrer com praticamente qualquer tipo de financiamento, mas ela é mais comum no financiamento imobiliário, que lida com prazos mais longos.
Mas até que ponto essa estratégia é vantajosa para o consumidor? É o que veremos a seguir.
Por que amortizar o financiamento
Não é porque você tem um dinheiro extra em mãos que necessariamente será vantajoso amortizar o financiamento.
Isso porque o processo de amortização envolve custos, e também porque é preciso comparar a rentabilidade de um investimento alternativo com o montante que você vai economizar.
Na prática, você vai precisar comparar a taxa de juros do valor financiado com a taxa de juros de uma possível aplicação financeira.
Se você conseguiu um bom financiamento imobiliário, por exemplo, a taxas muito baixas, talvez esses juros sejam menores do que a rentabilidade que você conseguiria em uma aplicação financeira conservadora, como títulos do Tesouro Direto.
Nesse caso, não vale a pena a amortização porque você ganhará mais dinheiro investindo o montante do que pagando as prestações de forma antecipada.
Agora, se os juros do financiamento forem superiores ao juros que você receberá nas aplicações, é mais vantajoso optar pela amortização do financiamento – desde que as taxas cobradas pelos bancos também compensem.
Esses são os argumentos do ponto de vista financeiro, comparando os juros de cada aplicação. Mas há outros critérios que você precisa levar em consideração no momento de decidir.
Se o orçamento familiar está ficando comprometido devido aos valores da prestação, pode fazer sentido antecipar algumas parcelas ou quitar uma parte do financiamento para reduzir as parcelas, desafogando as finanças familiares.
A amortização também pode fazer sentido para quem pretende vender o imóvel. Com as parcelas quitadas, fica muito mais fácil negociar o espaço.
Como amortizar financiamento: passo a passo
Agora que você já analisou todas as vantagens e desvantagens da amortização, e está convicto de que amortizar financiamento é o melhor negócio, vamos explicar o que você precisa fazer.
O primeiro passo é calcular o que vale mais a pena para a sua situação, método SAC ou Price? Acompanhe as dicas:
1. Escolha entre o método SAC e método Price
Há basicamente duas maneiras de amortizar o financiamento. Nos financiamentos imobiliários, o mais comum é o método SAC. Nele, as parcelas vão diminuindo de valor conforme a dívida é paga.
A amortização é constante: todos os meses, você abate o mesmo valor da dívida total. A diferença no valor das parcelas se dá pela queda de juros. Como o gasto com juros é menor, essa modalidade tende a ser mais vantajosa para o longo prazo.
Já o método Price apresenta um sistema de amortização com parcelas fixas, porém mais altas do que as do método SAC. É um sistema que costuma ser utilizado com mais frequência em outras modalidades de financiamento, incluindo os financiamentos de eletrodomésticos.
Dessa maneira, os juros são calculados de forma antecipada, e distribuídos igualmente ao longo das parcelas.
2. Considere a utilização do FGTS
Também faz parte do planejamento da amortização a deliberação sobre o uso do saldo que você possui no FGTS, caso tenha trabalhado no regime de carteira assinada.
Não são todas as situações e modalidades que permitem o uso do FGTS para amortização, por isso você precisa consultar a instituição financeira e calcular se vale a pena para o seu caso.
3. Calcule todas as taxas
Antes de tomar qualquer decisão, você precisa se informar sobre as taxas cobradas pelos bancos ou instituições financeiras para realizar a amortização.
Essas taxas não podem inviabilizar o processo. Caso ele se torne caro demais, talvez valha a pena manter as parcelas como estão hoje.
Solicite um documento detalhado ao seu gerente, com projeções para cada possibilidade.
4. Comunique a decisão ao banco
Com a decisão tomada, basta procurar o banco no qual você realizou o financiamento com os documento em mãos, para comunicar a decisão pela amortização do financiamento.
Cada instituição financeira possui prazos específicos para dar andamento ao processo, e cabe a você se informar – e cobrar – no momento da amortização.
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