Câmbio Flutuante: como ele interfere em nossa vida financeira?

Por Redação Onze

Câmbio Flutuante

No mundo inteiro trilhões são negociados diariamente, sempre com base em uma taxa de câmbio, na qual uma moeda poderá ser trocada por outra – é o valor da moeda de outro país comparado com o valor de nossa moeda, o real.

Cada país tem seu regime de troca de moedas. No Brasil, desde 1999, o modelo adotado é o câmbio flutuante, o mais comum em países com economia estável. Sua principal característica é deixar que o mercado se regule livremente, sem que o Banco Central imponha uma política cambial.

Neste post vamos mostrar como o câmbio flutuante funciona e de que modo influencia em nossos investimentos. Boa leitura!

Câmbio Flutuante X Câmbio Fixo

A liberdade das cotações, atualizadas constantemente conforme variações de oferta e demanda de moeda no mercado,  caracteriza o regime cambial conhecido por câmbio flutuante.

Assim, sempre que a procura (para aquisição) de determinada moeda for muito grande, maior será seu valor – e vice-versa.

Já no câmbio fixo o valor da moeda é determinado pelo governo, que estabelece que o câmbio será ancorado por determinada moeda estrangeira, criando uma paridade entre ambas.

No Brasil, tivemos esse regime cambial entre os anos de 1994 e 1998, como medida para controlar a inflação e recuperar a economia do país.

Vale ressaltar que existe, também, uma outra possibilidade: a chamada flutuação suja. Ela ocorre quando, mesmo adotando oficialmente o câmbio flutuante, o Estado interfere com medidas de manipulação da moeda disponível, permitindo que o Banco Central possa controlar o câmbio em caso de flutuações de grande ordem.

Fatores que podem afetar o câmbio flutuante

No regime flutuante há um enorme volume de transações acontecendo continuamente, de modo livre.

E, exatamente por isso, alguns fatores podem influenciar no preço da moeda, entre eles:

  • Capacidade de atração da economia local para os investidores;
  • Situação econômica do país (renda, taxa de desemprego, inflação);
  • Situação política do país (se há estabilidade, confiança no governo);
  • Status de importação e exportação;
  • Política fiscal e monetária adotadas;
  • Taxa de juros interna e externa;
  • Gastos de brasileiros no exterior ou de turistas no país;
  • Superávit ou déficit da balança comercial.

Agora que já vimos como funciona o regime cambial flutuante, veja seu funcionamento no próximo tópico.

Como funciona o Câmbio Flutuante

As taxas de câmbio flutuante significam que as moedas podem mudar de valor constantemente. Por exemplo, um dólar americano hoje pode comprar 4 reais, mas poderá comprar somente três amanhã.

Isso ocorre pela demanda e oferta das moedas e, ainda, pelos fatores expostos no tópico anterior.

Como efeito de comparação, imaginemos que, por vários motivos, está faltando tomate no mercado. A alta procura pelo produto, somado à baixa quantidade, elevará o seu preço, que voltará a ficar menor tão logo haja mais tomates disponíveis para os consumidores.

Isso é o que acontece no regime de câmbio flutuante: o mercado desenvolve a relação de valor livremente, sem interferências. Se uma moeda tem menos oferta do que procura, sua cotação aumenta e, ao contrário, diminui!

Consequências do câmbio flutuante

Ao adotar o regime de câmbio flutuante, o país passa a ter que lidar com as consequências dessa escolha.

Uma delas é a desvalorização da moeda local frente a moedas mais fortes – caso do real e dólar americano. Nesses casos, os produtos importados ficarão mais caros para as pessoas que possuem a moeda desvalorizada. Porém, com bens importados mais caros, as pessoas passam a consumir mais bens domésticos, o que estimula a economia local.

Com o câmbio flutuante também surge o risco de moeda, importante para investidores estrangeiros que podem lucrar com a variação – aproveite e descubra como planejar seus investimentos.

Por outro lado, esse regime também pode causar incertezas, já que um vendedor pode não saber quanto dinheiro receberá quando vender produtos no exterior, ou  estimular movimentos especulativos, causando mais flutuação nas taxas.

O câmbio flutuante interfere diretamente em nossa vida, afetando a economia, influenciando os gastos de viagem para o exterior e, também, definindo nossos investimentos.

Por isso, para você se preparar melhor para investimentos futuros, sugerimos a leitura do artigo 4 metas para o ano novo do seu dinheiro. Se quiser saber mais como investir e obter os melhores retornos, confira outros artigos, aqui na Onze!