CDB ou Tesouro Direto — Confira a melhor opção para investir

Por Redação Onze

CDB

Existem muitos ativos de renda fixa e cada um deles tem suas características. Todos são populares devido à segurança e as garantias. Os principais são o CDB e o Tesouro Direto.

Mas escolher entre eles pode ser difícil. Para ajudar na decisão, elaboramos este artigo para você saber tudo e tomar a melhor decisão!

O que é o CDB?

O Certificado de Depósito Bancário é um título privado que visa à captação de recursos pelas empresas. É um investimento da renda fixa que tem 3 tipos de rendimento. Assim, os títulos podem ser:

Prefixados

O investidor sabe quanto vai receber na hora que adquire o título. O rendimento depende de um percentual previamente acordado.

Pós-fixados

A remuneração varia de acordo com um indexador. Geralmente, o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que é a referência das operações entre os bancos.

Híbridos

A rentabilidade tem uma taxa fixa e outra variável. Costuma estar atrelado ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial. Desse modo, há um ganho real.

E o Tesouro Direto?

É um programa do governo federal que emite títulos públicos para captar recursos. Ao invés de emprestar seu dinheiro a um banco como no CDB, aqui você empresta dinheiro à União e recebe juros de volta

Existem vários tipos de papéis no Tesouro Direto. Eles dependem de sua rentabilidade. Por isso, podem ser: 

Prefixados

Consiste na categoria mais conservadora, que tem uma taxa fixa até o vencimento. Existem dois títulos nessa condição: o Tesouro Prefixado e o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais. A diferença do último é que ele paga a remuneração a cada 6 meses.

Pós-fixados

São títulos que variam de acordo com um indexador. O papel dessa categoria é o Tesouro Selic. É a única modalidade com liquidez diária que nunca oferece perdas em caso de saque antecipado – a menos que você realize essa retirada antes de completar 30 dias de investimento.

Híbridos

São os títulos com uma taxa fixa e outra variável. Estão atrelados ao IPCA. Os dois papéis são o Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais.

Importante saber – Taxa Selic

Existe uma relação clara entre o Tesouro Direto e a taxa básica de juros. A Selic é definida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Essa é chamada de taxa meta.

Porém, todos os dias ocorre a atualização da taxa Over, que representa uma média ponderada das transações executadas no sistema da Selic. No caso do Tesouro Direto, o título que mais varia é o Tesouro Selic.

Ainda assim, como já dito, ele continua sendo a única categoria que não implica em perdas, mesmo no caso de saque antecipado – a menos que você realize essa retirada antes de completar 30 dias de investimento.

Quais as vantagens e desvantagens desses investimentos?

O CDB e o Tesouro Direto são investimentos seguros e acessíveis e ambos oferecem uma rentabilidade maior que a Poupança. Então vamos analisar suas vantagens e desvantagens!

CDB

O emissor é um banco privado e a liquidez varia. Pode ser, inclusive, diária. É um título conservador e seguro, com proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). O valor mínimo varia, mas costuma iniciar em R$ 500, apesar de serem encontradas quantias mais baixas. Há opções em que o resgate pode ocorrer somente no vencimento.

Tesouro Direto

O emissor é o Tesouro Nacional. Você pode fazer o saque a qualquer momento, desde que o mercado esteja aberto. É o título mais seguro que existe. Também há incidência de IR. O valor mínimo para investir é R$ 30 e é cobrada uma taxa de custódia de 0,25% sobre o valor dos títulos. 

Porém é possível haver perdas se seu título variar de acordo com a marcação a mercado. Se for resgatar antes do prazo, avalie o valor do título na data que pretende resgatar e quanto você pagou e veja se está valendo a pena.

O que levar em consideração antes de escolher entre CDB ou Tesouro Direto?

Na hora de escolher o que é melhor, é preciso considerar vários fatores. Veja o que caracteriza CDB ou Tesouro Direto para descobrir qual é a alternativa mais indicada para o seu caso.

Segurança

Entre CDB ou Tesouro Direto, ocorre pouca diferença no que se refere à segurança. A principal é que o primeiro conta com a proteção do FGC. Por outro lado, o segundo tem o emissor mais confiável, já que a União só daria um calote se o governo inteiro falisse.

Perfil de investidor

Para saber qual é seu perfil de investidor, vale a pena fazer um teste na sua corretora de valores. Ele vai indicar se você é conservador, moderado ou arrojado. O CDB e o Tesouro Direto são voltados para pessoas com baixa tolerância ao risco ou para quem está começando a aplicar seu dinheiro.

Valor da aplicação

No Tesouro Direto é possível aplicar a partir de R$ 30, desde que esse valor represente 1% do título. De qualquer forma, o investimento mínimo fica nessa faixa. Por sua vez, o CDB exige um montante maior, geralmente a partir de R$ 500.

Rentabilidade

Ao comparar CDB ou Tesouro Direto, é preciso saber que a remuneração varia de acordo com o título, o prazo de vencimento e o risco. O tipo de rendimento é similar, mas é preciso calcular para ver as diferenças na prática. De modo geral, quanto maior o prazo, maior a rentabilidade oferecida.

Custos

O CDB tem taxa de administração, mas a corretora pode isentá-la. O Tesouro Direto tem taxa de custódia, que é cobrada pela B3.Muitas corretoras não cobram taxa de administração para investimento em Tesouro Direto.

Liquidez

Em ambos os casos, a liquidez pode ser diária. No entanto, entre CDB ou Tesouro Direto, os títulos públicos tendem a ser mais facilmente resgatados. Os ativos privados costumam ter um período de carência ou permitem o saque somente no vencimento.

Tributação

Nos dois casos ocorrem a cobrança de IR, com alíquotas que variam de 22,5% a 15%. Ambos também têm incidência de IOF para saques com menos de 30 dias.

Quando o CDB é mais indicado? E o Tesouro Direto?

As duas alternativas são válidas e dependem dos seus objetivos, do seu perfil de investidor e outras características. Se deseja sacar o dinheiro a qualquer momento, o Tesouro Direto tende a ser melhor.

Por outro lado, se pretende deixar o dinheiro aplicado a longo prazo, é mais viável considerar o CDB, que pode trazer uma melhor rentabilidade. Ainda existem casos em que os ativos indexados pela Selic não valem a pena.

É o caso de 2020, em que a taxa básica de juros está muito baixa. Nesse caso, o ideal é optar pelo Tesouro IPCA+, o único que tem sempre um rendimento real.

Entendeu quais são as diferenças entre CDB ou Tesouro Direto? Utilize essas informações para escolher a opção mais adequada a você.

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