ETF Tesouro Direto: veja o que é e se vale a pena investir

Por Redação Onze

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O ETF Tesouro Direto é uma das melhores alternativas para quem está querendo começar a investir na Bolsa de Valores, mas não sabe bem quais são os primeiros passos que deve dar.

Por lidar com ativos de renda fixa, esse ETF é um dos mais seguros para começar a investir. Antes de começar, porém, precisamos te explicar o que é um ETF.

Sigla para Exchange Traded Funds (Fundos Negociados em Bolsa, em inglês), ele funciona como um fundo de investimento, mas focado no mercado de ações. Você investe e passa a ter uma participação em diversos ativos simultaneamente e, ainda, tem o bônus de ser gerenciado por profissionais do mercado financeiro.

Existem diversos tipos de ETF no mercado, com focos diferentes. O ETF BOVA11, por exemplo, opera com foco nas empresas presentes no índice Ibovespa. Já o ETF Tesouro Direto nos títulos públicos, como você poderá ver nos próximos parágrafos.

Por isso, continue a leitura e descubra as principais características, custos, vantagens e desvantagens dessa modalidade de ETF. Acompanhe conosco!

O que é o ETF Tesouro Direto?

É uma conta de um fundo que investe exclusivamente em títulos públicos, com o detalhe que todos eles são atrelados à inflação, como os NTN-B ou Tesouro IPCA+.

Ele é identificado na B3 pela sigla IMAB11. Seu gerenciamento é feito pelo Itaú Asset Management, em parceria com o próprio Tesouro Nacional. Todo ETF acompanha um índice. No caso do ETF Tesouro Direto, ele segue o Índice de Mercado Anbima, identificado pela sigla IMA-B.

Esse índice acompanha o comportamento dos títulos já mencionados do Tesouro IPCA+. Ou seja, é como se você estivesse investindo em vários títulos do Tesouro Direto, atrelados à inflação simultaneamente.

Quais são os custos para o investimento?

Assim como acontece ao investir diretamente no Tesouro Direto, o custo de investimento é bem baixo. Você terá de pagar apenas a taxa de custódia estabelecida pela Bolsa de Valores. Ela é de 0,25% ao ano, cobrada em duas partes: uma em janeiro e a outra em julho.

Dependendo da corretora que contrate, você também pode ter de pagar uma taxa de corretagem, a remuneração da instituição pelos serviços de armazenamento e movimentação das informações.

Elas costumam ficar entre 0,5% a 4% por ano. Porém, algumas empresas já deixaram de cobrar a taxa para atrair mais clientes.

Por fim, temos a tributação do ETF Tesouro Direto. Ou melhor, não temos, já que esse investimento é isento do temido come-cotas. A única tributação presente nesse ETF é a alíquota de 15% sobre o rendimento, cobrada no momento do resgate.

Como o ETF Tesouro Direto é composto?

Um fundo é composto de diversos ativos, e com esse não é diferente. Atualmente, o IMAB11 conta com 13 ativos em seu fundo, todos os títulos públicos de renda fixa.

Vale mencionar, novamente, que todos eles são indexados à inflação. Ou seja, você não corre o risco de perder rentabilidade em um eventual aumento nesse indexador.

Agora, veja quais são as principais vantagens e desvantagens desse ETF.

Quais são as vantagens do ETF Tesouro Direto?

Muitas das vantagens de investimentos em títulos públicos também estão presentes aqui. Em especial a baixa tributação, já que ele é tributado em apenas 15% dos rendimentos, não do montante total investido.

Isso nos leva a outra vantagem: o baixo custo total de investir nesse fundo. Além da tributação, que incide apenas sobre a rentabilidade, se você conseguir isenção da taxa de corretagem, pagará apenas os 0,25% anuais à Bolsa de Valores.

Por fim, você também irá adquirir títulos diversificados, todos eles com rentabilidade garantida, já que são indexados à inflação.

E as desvantagens?

Nem tudo são flores, e até um investimento seguro como o ETF Tesouro Direto tem suas desvantagens, que você pode conferir abaixo.

  • Maior oscilação de preços: os títulos públicos mudam de preço diariamente, mas é difícil saber quando você não os acompanha diretamente. Como nesse fundo você pode vendê-los quando quiser, é importante saber, em primeiro lugar, por quanto os comprou, para não correr o risco de vendê-los por menos do que pagou.
  • Não é garantido pelo FGC: apesar de estar investindo em títulos públicos, você está fazendo isso por meio de uma empresa privada na Bolsa de Valores. Ou seja, quem é garantido é o banco, não você. Isso torna a ETF um pouco mais arriscada do que no investimento direto.
  • Pouca previsibilidade: quando você compra apenas um título, tem mais noção do quanto ele valerá no resgate. Como aqui o investimento é em vários ativos simultaneamente, sua capacidade de prever os ganhos é reduzida. Além disso, aqui você não resgata o investimento, mas vende os títulos para terceiros, por meio do preço negociado na Bolsa de Valores.

Vale a pena investir no ETF Tesouro Direto?

Por seu baixo custo e por servir como uma porta de entrada para a renda variável, o ETF Tesouro Direto é um investimento recomendado, principalmente se você já estiver acostumado aos títulos públicos.

Por isso, podemos recomendar esse tipo de investimento para quem tem o perfil moderado, que pode tolerar certo risco, mas sem exageros.

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