Qual a importância do organograma empresarial?

Por Redação Onze

organograma empresarial

Antes de decidir se aplicam em ações ou em fundos de investimentos de uma determinada empresa, os bons investidores realizam uma série de estudos sobre ela. Como as empresas de capital aberto na Bolsa de Valores são obrigadas a divulgar periodicamente seus balanços patrimoniais e uma série de outras informações, investidores experientes analisam esses dados com base nos chamados “indicadores”.

É a partir dos indicadores de mercado que empreendedores financeiros de sucesso mensuram riscos, vantagens e custos para encontrar as melhores opções de investimento, avaliando no processo as possibilidades de ganho em longo, médio e curto prazo.

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São fatores como o valor de mercado de uma empresa, seu índice de liquidez e a rentabilidade de seus dividendos que podem apontar se a oportunidade de investimento é realmente boa ou não. Um dos dados que podem fornecer boas dicas sobre uma determinada empresa – e quem nem sempre é alvo de análise dos investidores – refere-se à estrutura organização da instituição: trata-se do organograma

O que é um organograma?

O organograma de uma empresa define os papéis que cada função exerce dentro da organização e ainda como se relacionam hierarquicamente os diferentes departamentos e seus funcionários. É um diagrama simples com retângulos representando cargos que permite a colaboradores, acionistas, clientes e parceiros a visualização geral do funcionamento de uma empresa. Isso facilita muito os processos internos (e gera confiança externa), já que o diagrama deixa claro, por exemplo, quem está ligado a quem em termos de função – ou seja, a quem se deve reportar ou ser reportado.

Existem diferentes tipos de organograma que se encaixam em diferentes formatos de empresas, atendendo diversos modelos estruturais. Não existe melhor ou pior: a forma como a empresa é administrada é que determinará qual o formato de organograma mais adequado para ela.

Os formatos de organograma mais comuns, são:

Organograma vertical: é o modelo clássico mais utilizado pelas empresas; representa claramente a hierarquia da organização, com diretoria no ponto mais alto;
Organograma horizontal: com os cargos distribuídos lado a lado, o diagrama reduz a hierarquia e dá mais liberdade aos colaboradores; muito usado por startups;
Organograma circular: usado por empresas modernas, inverte a posição da hierarquia ao colocar o chefe no centro e os demais cargos de dentro para fora; 
Organograma radial: parecido com o circular, diminui a importância da hierarquia para ressaltar o trabalho em equipe;
Organograma linear: relaciona os cargos e setores com suas respectivas atividades e responsabilidades.

Organograma de grandes empresas X pequenas empresas

Uma das grandes diferenças entre organogramas de grandes e de pequenas empresas é a possibilidade do acúmulo de funções. Enquanto nas grandes empresas os cargos e suas respectivas funções e responsabilidades estão separadas com clareza, nas pequenas empresas é mais comum que uma pessoa acumule duas ou três atribuições. 

A maior autoridade financeira de uma grande empresa, por exemplo, costuma ter um cargo dos mais elevados em termos de posição no organograma, nomeado como diretor ou vice-presidente de finanças. Já nas pequenas empresas, um dos sócios pode acumular a responsabilidade pelas finanças juntamente com outras funções. 

Avaliação empresarial

Uma boa maneira para utilizar o organograma de uma empresa como indicador e saber se vale a pena investir nela ou não é verificando o quão bem definido e claro ele é. Um bom organograma melhora a comunicação interna da organização, elimina certos desentendimentos e impasses, otimiza o tempo de trabalho e diminui os custos.

Quanto mais bem feito for o organograma, portanto, mais chances daquela empresa funcionar bem e de forma correta e organizada. Outra boa análise que pode ser feita é se o tipo de organograma que foi escolhido pela empresa combina com sua proposta de trabalho. Uma startup de caráter colaborativo, por exemplo, não costuma se encaixar em um modelo de organograma clássico, com hierarquia vertical tradicional.