Teste do marshmallow: como anda o seu autocontrole?

Por Redação Onze

teste do marshmallow

O teste do marshmallow pode sugerir algum experimento relacionado à qualidade dessa guloseima muito famosa nos Estados Unidos. Mas não tem nada a ver com isso e, sim, com a capacidade de autocontrole do ser humano.

Na verdade, essa análise diz muito mais a nosso respeito do que se possa imaginar. Ela tem relação direta com as nossas escolhas e tomadas de decisão, o que gera repercussões, inclusive, na saúde financeira.

Para entender, realmente, o que é e como funciona esse experimento, continue a leitura deste artigo e veja as conclusões tiradas a partir do teste do marshmallow.

O que é o teste do marshmallow?

Criado no final dos anos 1960, o teste do marshmallow reunia uma série de experimentos de psicologia que tinha como objetivo avaliar a capacidade de crianças em abrir mão de um prazer imediato em troca de uma recompensa maior no futuro. 

Liderada pelo psicólogo Walter Mischel, na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, a equipe responsável pelo estudo acompanhou as crianças ao longo de algumas décadas, avaliando como estavam suas vidas em diferentes aspectos.

Como funciona o teste do marshmallow

Ao fazer uma rápida busca na internet, é possível encontrar vídeos mais recentes que aplicam o teste do marshmallow. A dinâmica seguida, no entanto, é a mesma. 

Para começar, a criança era levada a uma sala. Em sua frente, havia apenas uma mesa com um doce – ainda que o marshmallow tenha ficado com toda a fama, balas, biscoitos e chocolates também faziam parte do experimento. 

Em seguida, um pesquisador fazia uma proposta: se a criança fosse capaz de esperar sozinha na sala por um tempo determinado sem comer o doce – algo em torno de 15 minutos -, ela ganharia dois doces quando ele retornasse. 

A recompensa não seria válida, no entanto, se pedisse para sair antes do tempo ou se comesse o doce que estava sobre a mesa. 

A relação entre o teste e o sucesso

As decisões tomadas pelas crianças, como você pode imaginar, foram as mais diversas. O mais interessante, ainda assim, foram os dados revelados pelo seguimento do estudo. 

Ao acompanhar os participantes do teste ao longo de décadas, divididos entre aqueles que esperaram pela recompensa e os que comeram o doce imediatamente, Mischel percebeu que os membros do primeiro grupo tiveram melhor desempenho escolar

Além disso, eles conquistaram melhores empregos e tiveram indicadores menores de envolvimento com drogas e atos criminais, além de uma porcentagem reduzida de casos de obesidade. 

Os experimentos foram repetidos em diversos países, com contextos socioeconômicos e culturais distintos. Os resultados apontaram para evidências semelhantes, que mostram a importância do autocontrole. 

Teste do marshmallow x vida financeira

Por falar em autocontrole, o teste do marshmallow também está diretamente ligado à vida financeira. Sobre esse aspecto, vale citar um estudo recente divulgado pelo SPC Brasil, que diz que 52% dos brasileiros já realizaram compras por impulso.

Ou seja, mais da metade da população não consegue controlar um desejo momentâneo e acaba fazendo aquisições que, muitas vezes, sequer são necessárias.

Ceder a gratificações passageiras é um complicador para quem busca ter uma relação mais saudável com o seu dinheiro. Afinal, o ato dificulta o planejamento a longo prazo e o alcance desses objetivos traçados por conta de tomadas de decisão pouco racionais. 

Lições do teste do marshmallow para sua vida

O teste do marshmallow teve como alvo as crianças, mas os resultados por ele apontados trazem lições valiosas para a vida de qualquer pessoa. Veja, a seguir, quais são as principais delas.

1. Assuma o controle das suas emoções

Quando o autocontrole não está presente, a tendência é que você realize ações por impulso, sem medir as consequências. Isso acontece quando compramos algo que nunca vai ser usado ou nas situações em que utilizamos a comida como uma recompensa, por exemplo. 

Trabalhar no controle das suas próprias emoções significa tomar decisões mais inteligentes, baseadas nas suas reais necessidades e objetivos. 

2. Não se deixe enganar pela gratificação imediata

O prazer imediato pode parecer uma grande recompensa, mas é preciso pensar em tudo o que ele tira de você. 

Pense sempre nos seus sonhos e em como eles são adiados a cada vez que você gasta o seu dinheiro de maneira desnecessária, sem gerar qualquer benefício ou melhora na sua qualidade de vida. 

3. Faça planos de longo prazo

A gratificação imediata também afasta você de uma saúde financeira em equilíbrio. Então, não deixe de traçar metas de longo prazo, por mais distantes que elas pareçam. 

Se você não começar a pensar na sua aposentadoria agora, dificilmente vai estar financeiramente preparado quando ela chegar. O segredo é poupar pequenas quantias mês após mês. 

É pensando em ajudar os colaboradores nessa missão, inclusive, que muitas empresas já oferecem planos patrocinados de previdência privada. Na prática, funciona assim: parte do salário do funcionário é deduzido da folha de pagamento e aplicado em um fundo. Para cada R$ 1, a empresa pode optar por depositar mais R$ 1. 

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