Bolsa de Chicago: importância, tamanho e ativos negociados

Por Redação Onze

Bolsa de Chicago

Você conhece a Bolsa de Chicago? Ela é um dos maiores ambientes de negociação de derivativos do mundo e é composta por quatro bolsas norte-americanas: CME, CBOT, NYMEX e COMEX.

A união desses mercados resultou em uma ampla gama de contratos negociados e tornou a Bolsa de Chicago referência na formação de preços global. Entre os ativos operados, estão commodities, energia, taxas de juros, índices de ações, câmbio e metais.

A seguir, você verá um pouco mais sobre a Bolsa de Chicago, sua importância e os ativos nela negociados. Ficou interessado? Então siga a leitura.

O que é a Bolsa de Chicago

Quando você ouvir ou ler sobre o CME Group, saiba que se trata da Bolsa de Chicago. É para ela que o mundo olha quando se trata de mercado futuro agrícola e da formação de preços de outras commodities.

Sua história começa ainda no século 19, com a criação da Chicago Board of Trade (CBOT), em 1848, para organizar o mercado de grãos. É a mais antiga e maior bolsa de commodities e futuros do mundo. Cinquenta anos depois, surge a Chicago Mercantile Exchange (CME), segunda maior bolsa de futuros e opções.

Em 2007, CBOT e CME se fundem, originando o CME Group. No ano seguinte, incorporam a New York Mercantile Exchange (NYMEX), que traz ativos de energia e metais, e a Commodities Exchange (COMEX), expandindo-se para mercados de metais preciosos, básicos e ferrosos. Esta é a Bolsa de Chicago.

CME

Também conhecida como Merc, a CME é referência no mercado de opções e contratos futuros. No seu ambiente são negociadas taxas de juros, energia, ações, moedas estrangeiras, metais, imóveis, commodities agrícolas e até mesmo clima.

Quando fundada, chamava-se Chicago Butter and Egg Board. Até que, em 1919, ganhou seu nome atual. Seus primeiros contratos futuros foram lançados no início dos anos 1960, primeiro em carne congelada e depois em gado vivo.

Em 2010, a CME comprou participação de 90% dos índices financeiros e de ações da Dow Jones. Em 2012, adquiriu a Kansas City Board of Trade, bolsa especializada em um certo tipo de trigo. Já em 2017, expandiu-se para o mercado de Bitcoins.

CBOT

A CBOT, sigla para Chicago Board of Trade, inicialmente negociava apenas commodities agrícolas, ou seja, matéria-prima como milho, soja e trigo. Atualmente, opera também contratos futuros de mercadorias como ouro, prata, taxas de juros, índices de ações e títulos públicos.

Quando surgiu, na primeira metade do século 19, o mercado de grãos sofria com a alta volatilidade. Enquanto no inverno havia escassez na colheita e os preços estouravam, no verão a grande oferta fazia o valor dos produtos despencar.

Assim, cerca de 25 profissionais de diferentes áreas se uniram para oferecer um mecanismo de proteção aos fazendeiros. Dessa forma, fechavam contratos de compra antecipada da safra a um preço definido que seria pago após a colheita. Parece familiar? Temos aí o mercado futuro.

Os contratos de soja, por exemplo, são criados em 1936. Já em 1968 começa a negociação futura de frangos. No ano seguinte, expande sua atuação para produtos não agrícolas, como a prata.

Sua atuação é tão importante que muitos preços negociados no mundo são estipulados com base no que a CBOT dita. Até mesmo no Brasil? Pode apostar que sim.

Importância da Bolsa de Chicago

Até aqui vimos o que é a Bolsa de Chicago e seus principais atores. Agora vamos falar um pouco mais sobre a sua importância.

A Bolsa de Chicago é o ambiente de gerenciamento de riscos para mercados de todo o mundo. Com a plataforma eletrônica CME Globex, negociantes de 85 países buscam informações, compram e vendem ativos que vão de contratos de commodities e energia a metais, moedas e taxas de juros. O grupo está presente na Europa, na América Latina e na Ásia, operando 24 horas por dia.

É na Bolsa de Chicago que são negociados os principais contratos futuros e commodities. Os preços nela praticados se tornam referência mundial, especialmente quando o assunto é matéria-prima.

No mercado brasileiro, os produtores seguem a Bolsa de Chicago, mais especificamente a CBOT, para a formação de preços de seus produtos. Em 2008, a Bolsa de Chicago e a então BM&FBovespa, hoje B3, companhia que controla a bolsa brasileira, firmaram parceria para compartilhamento de informações e produtos pela Globex.

Ativos negociados na Bolsa de Chicago

Como vimos, a Bolsa de Chicago tem uma ampla gama de ativos negociados, como metais, moedas, taxas de juros, energia, commodities e ações. A seguir, falaremos um pouco mais sobre três desses produtos financeiros.

Commodities

Podemos definir commodities como matéria-prima comercializada em grande escala globalmente. A Bolsa de Chicago é o principal mercado de commodities, especialmente agrícola, tendo entre seus principais ativos contratos de grãos como milho e soja. 

Além disso, opera contratos de gado e sementes oleaginosas. Esses produtos podem sofrer com a ação do clima, pragas, relações entre países e a famosa lei da oferta e da procura.

Energia

A Bolsa de Chicago é o maior mercado de energia do mundo, operando contratos de gás natural, biocombustíveis, carvão, produtos refinados, eletricidade e outros. É uma referência para a oscilação dos preços em todo o mercado.

Metais

A Bolsa de Chicago opera contratos de metais com alta liquidez. Desempenha importante papel na proteção contra a alta variação de preços e, ao mesmo tempo, é um ambiente de negociação para quem busca operações rápidas. Entre seus produtos estão ouro, prata, cobre e platina.

Gostou de saber mais sobre a Bolsa de Chicago? Então compartilhe este conteúdo com seus colegas.