Como calcular Imposto de Renda: conheça as regras

Por Redação Onze

Como calcular Imposto de Renda

Saber como calcular o Imposto de Renda pode ser muito importante na hora de acertar as contas com o Leão. Porém, sempre que chega o momento de declarar o IR, é comum que surjam dúvidas a respeito da restituição ou do pagamento de algum valor.

Para facilitar, esse cálculo é feito automaticamente pelo programa da Receita Federal. No entanto, é interessante entender como ele é realizado, por isso, preparamos este guia com tudo sobre o assunto. Acompanhe!

Como calcular Imposto de Renda: regras da Receita Federal

Para calcular o Imposto de Renda, o Fisco não considera somente o salário do contribuinte, mas todos os rendimentos que ele teve ao longo do ano.

A alíquota de Imposto de Renda é aplicada por faixa de renda, conforme a tabela abaixo:

Renda no anoAlíquotaParcela a deduzir do IRPF
Até R$ 27.110,40IsentoR$ 0,00
Entre R$ 27.110,40 e R$ 33.919,807,5%R$ 2.033,28
Entre R$ 33.919,81 e R$ 45.012,6015%R$ 4.577,27
Entre R$ 45.012,61 e R$ 55.976,1622,5%R$ 7.953,21
Acima de R$ 55.976,1627,5%R$ 10.752,02

Contudo, dependendo do modelo de declaração escolhido, há algumas diferenças no cálculo do valor de IR que efetivamente é pago. Então, para entender um pouco melhor, confira a seguir como a conta é feita em cada um dos modelos.

Mas, antes da explicação, é importante ressaltar que em ambos os modelos de declaração não entram na conta rendimentos com tributação definitiva ou exclusiva ou rendimentos isentos.

Cálculo no modelo completo

Para calcular o Imposto de Renda no modelo completo, inicialmente a Receita Federal realiza o somatório de todos os rendimentos tributáveis informados pelo contribuinte. Em seguida, desse valor, ela subtrai as despesas dedutíveis que foram incluídas pelo contribuinte na declaração.

Subtraindo dos rendimentos tributáveis as despesas dedutíveis, chega-se à base de cálculo de Imposto de Renda do contribuinte no modelo completo. 

Com esse montante definido, as alíquotas da tabela acima são então aplicadas sobre as respectivas faixas de renda, calculando-se, assim, o valor de Imposto de Renda que deveria ter sido pago no ano.

Em seguida, é subtraído do valor calculado acima o que o contribuinte já pagou ao longo do ano – o que foi retido na folha de pagamento ou quitado por meio do Carnê-Leão, por exemplo. Lembrando que rendimentos com tributação definitiva ou exclusiva não são considerados nessa conta.

Caso o valor já pago pelo contribuinte ao longo do ano tenha sido superior, haverá restituição do valor pago a mais. 

Caso o valor já pago pelo contribuinte ao longo do ano tenha sido inferior, será necessário pagar a diferença para a Receita Federal. 

É importante lembrar que, aqui, os descontos dedutíveis podem ser maiores do que R$ 16.754,34, que é o desconto máximo do modelo simplificado, conforme explicado adiante.

De forma resumida, para calcular o Imposto de Renda no modelo completo são realizadas as seguintes etapas:

  • Soma dos rendimentos tributáveis – soma das despesas dedutíveis = base de cálculo do IR
  • Aplicação da alíquota de IR sobre a base de cálculo = imposto devido pelo contribuinte
  • Valor devido de imposto – imposto pago durante o ano = valor de IR a ser pago ou restituído.

Cálculo no modelo simplificado

Já no caso do modelo simplificado, o primeiro passo é fazer a consolidação de todos os rendimentos tributáveis recebidos ao longo do ano, como salários, aposentadorias, pensões da previdência social, ganhos com trabalho autônomo, aluguéis e pensão alimentícia.

Novamente, lembramos que não são consideradas rendas com tributação definitiva ou exclusiva, como os rendimentos de aplicações financeiras que são tributados diretamente na fonte.

Após essa etapa, a Receita emprega um desconto de 20% sobre o valor total dos rendimentos tributáveis. Porém, esse desconto é limitado a R$16.754,34.

Com isso, chega-se ao montante da base de cálculo do Imposto de Renda, sobre o qual são aplicadas as alíquotas da tabela apresentada no início desse texto, calculando-se, assim, o valor de Imposto de Renda que deveria ter sido pago no ano.

O próximo passo consiste na verificação do valor de IR já pago durante o ano.

Esse montante é deduzido do Imposto de Renda devido e, assim, a Receita Federal chega ao valor final de imposto devido ou a restituir. É aqui que o contribuinte descobre se terá direito a restituição ou se precisará pagar mais alguma quantia.

Resumindo, o cálculo no modelo simplificado acontece em três etapas:

  • Soma dos rendimentos tributáveis – 20% (limitado a R$16.754,34) = base de cálculo do IR
  • Aplicação da alíquota do IR sobre a base de cálculo = imposto devido pelo contribuinte
  • Valor devido de imposto – imposto pago ao longo do ano = valor de IR a ser quitado ou restituído.

Preciso calcular o Imposto de Renda ao declarar?

Para fazer a declaração, no entanto, você não precisa calcular o Imposto de Renda. Durante o preenchimento, o próprio programa da Receita Federal já realiza essa conta e indica qual o modelo de declaração mais vantajoso – o simplificado ou o completo.

Ou seja, a ferramenta já realiza os cálculos de acordo com os dados informados, indicando o valor de restituição ou valor a pagar de IR que você terá se escolher a declaração simplificada ou a completa. 

Portanto, a melhor opção é não se preocupar com isso e deixar o sistema da Receita Federal executar a parte mais complexa.

Por que calcular o Imposto de Renda?

Como vimos, o cálculo do Imposto de Renda vai te ajudar a saber se você precisará pagar algum valor adicional para a Receita Federal ou se receberá alguma restituição. 

Assim, aproveite a funcionalidade do sistema da Receita Federal e deixe que ele faça essa conta para você enquanto preenche os formulários solicitados.

Lembre-se, também, de que é por meio desse cálculo que você será capaz de escolher qual é o melhor tipo de declaração: a simplificada ou a completa.

Ainda tem alguma dúvida sobre como calcular o Imposto de Renda? Acompanhe os conteúdos do blog da Onze e descubra tudo o que precisa saber a respeito do tema.