Como calcular Imposto de Renda: conheça as regras

Saber como calcular o Imposto de Renda pode ser muito importante na hora de acertar as contas com o Leão. Porém, sempre que chega o momento de declarar o IR, é comum que surjam dúvidas a respeito da restituição ou do pagamento de algum valor.
Para facilitar, esse cálculo é feito automaticamente pelo programa da Receita Federal. No entanto, é interessante entender como ele é realizado, por isso, preparamos este guia com tudo sobre o assunto. Acompanhe!
Como calcular Imposto de Renda: regras da Receita Federal
Para calcular o Imposto de Renda, o Fisco não considera somente o salário do contribuinte, mas todos os rendimentos que ele teve ao longo do ano.
Além disso, ele tem como base uma tabela de alíquotas:
Valor | Alíquota | Parcela a deduzir do IRPF |
Até R$22.847,76 | Isento | R$0,00 |
Entre R$22.847,77 e R$33.919,80 | 7,5% | R$1.713,58 |
Entre R$33.919,81 e R$45.012,60 | 15% | R$4.257,57 |
Entre R$45.012,61 e R$55.976,16 | 22,5% | R$7.633,51 |
Acima de R$55.976,16 | 27,5% | R$10.432,32 |
Porém, dependendo do modelo de declaração escolhido, o cálculo do IR muda. Então, para entender um pouco melhor, confira a seguir como a conta é feita em cada um dos tipos.
Além disso, não entra nessa conta rendimentos com tributação definitiva ou exclusiva ou isentos.
Cálculo no modelo completo
Para calcular o Imposto de Renda no modelo completo, inicialmente a Receita Federal realiza o somatório de todos os rendimentos tributáveis informados pelo contribuinte. Em seguida, desse valor, ela subtrai as despesas dedutíveis que foram incluídas na declaração.
Com isso se tem como resultado a base de cálculo do IR do contribuinte. Com esse montante definido, a Receita, então, aplica a alíquota que corresponde à faixa de rendimento anual.
A próxima etapa é a de desconto de todo valor referente ao Imposto de Renda que o contribuinte pagou ao longo do ano – o que foi retido na folha de pagamento ou quitado por meio do Carnê-Leão.
Após realizar essa conta, o Fisco já tem em mãos o custo final de imposto daquela pessoa. Se o valor pago ao longo do ano for maior, haverá restituição. Caso seja o valor calculado na declaração seja maior, será preciso pagar um valor a mais à Receita Federal.
É importante lembrar que, aqui, os descontos dedutíveis podem ser maiores do que R$16.754,34, que é o desconto máximo do modelo simplificado, conforme explicado adiante.
De forma resumida, para calcular o Imposto de Renda no modelo completo são realizadas as seguintes etapas:
- Soma dos rendimentos tributáveis – soma das despesas dedutíveis = base de cálculo do IR
- Aplicação da alíquota de IR sobre a base de cálculo = imposto devido pelo contribuinte
- Valor devido de imposto – imposto pago durante o ano = valor de IR a ser quitado ou restituído.
Cálculo no modelo simplificado
Já no caso do modelo simplificado, o primeiro passo é fazer a consolidação de todos os rendimentos tributáveis que o contribuinte recebeu ao longo do ano.
Isso quer dizer que a Receita Federal reúne os valores de salários, aposentadorias, pensões da previdência social, ganhos com trabalho autônomo, de aluguéis e pensão alimentícia.
Essa conta não engloba rendimentos isentos, que são:
- Doações
- Heranças
- Retorno da caderneta de poupança.
Também não entram casos cuja tributação seja definitiva e exclusiva, como os rendimentos de aplicações financeiras que são tributados diretamente na fonte.
Após essa etapa, a Receita emprega um desconto de 20% sobre valor total dos rendimentos que são tributáveis. Porém, essa dedução fica limitada a R$16.754,34.
Com isso, chega-se ao montante da base de cálculo do Imposto de Renda. É nesse momento que o Fisco verifica em qual faixa de tributação o contribuinte está e aplica a alíquota correta.
O próximo passo consiste na verificação do que a pessoa pagou de IR durante o ano – descontos no salário ou encargo mensal quitado por meio do Carnê-Leão.
Esse montante é deduzido do Imposto de Renda devido e, assim, a Receita chega ao valor final de imposto. É aqui que o contribuinte descobre se terá direito à restituição ou se precisará pagar mais alguma quantia.
Resumindo, o cálculo no modelo simplificado acontece em três etapas:
- Soma dos rendimentos tributáveis – 20% (limitado a R$16.754,34) = base de cálculo do IR
- Aplicação da alíquota do IR sobre a base de cálculo = imposto devido pelo contribuinte
- Valor devido de imposto – imposto pago ao longo do ano = valor de IR a ser quitado ou restituído.
Preciso calcular Imposto de Renda ao declarar?
Para fazer a declaração, no entanto, você não precisa calcular o Imposto de Renda. Durante o preenchimento dos formulários, o próprio programa da Receita Federal já realiza essa conta.
Por meio de uma função específica do sistema, você pode visualizar qual é – ou como está, caso não tenha finalizado o preenchimento – a situação do seu IR.
Ou seja, a ferramenta já avalia os dados informados e fornece o cálculo da alíquota para o seu caso, bem como qual o valor de restituição ou valor a pagar de IR que você terá se escolher a declaração simplificada ou a completa, facilitando a escolha mais vantajosa. Afinal, essa não é uma conta exatamente fácil de se realizar. Portanto, a melhor opção é não se preocupar com isso e deixar o software do IRPF executar a parte mais complexa.
Por que calcular Imposto de Renda?
Como vimos, o cálculo do Imposto de Renda vai ajudar a saber se você precisará pagar algo para a Receita Federal ou se receberá a restituição. Isto é, por meio dele é possível compreender a sua situação e o que deve fazer para estar em dia com o Leão.
Assim, aproveite a funcionalidade do programa IRPF e deixe que ele faça essa conta para você enquanto preenche os formulários solicitados.
Lembre-se, também, de que é por meio desse cálculo que você será capaz de escolher qual é o melhor tipo de declaração: a simplificada ou a completa.
Ainda tem alguma dúvida sobre como calcular o Imposto de Renda? Acompanhe os conteúdos do blog da Onze e descubra tudo o que precisa saber a respeito do tema.