Cálculo de renda vitalícia da previdência privada: como fazer

Por Redação Onze

Cálculo de renda vitalícia

Se você investe em um plano previdenciário, talvez esteja se perguntando: como fazer o cálculo de renda vitalícia da previdência privada?

A resposta vai depender de alguns fatores, como o patrimônio acumulado e a sua expectativa de vida após a aposentadoria.

Renda vitalícia é uma entre várias opções oferecidas pelos planos previdenciários a quem chega à idade de se aposentar. É possível, inclusive, sacar o dinheiro todo de uma vez.

Quem escolhe a renda vitalícia tem a garantia da seguradora de receber mensalmente o benefício enquanto viver. Dependendo da modalidade, a renda pode, inclusive, ser reversível aos herdeiros.

Ficou interessado em saber mais? Então continue a leitura e descubra uma ferramenta prática que calcula para você o valor da renda que deseja ter após o fim dos dias de trabalho.

O que é o cálculo de renda vitalícia da previdência privada

O cálculo de renda vitalícia da previdência privada é uma modalidade atuarial de renda. Ou seja, leva em conta tábuas atuariais, conhecidas também como tábuas de mortalidade ou biométricas.

Tábuas atuariais são ferramentas das ciências atuariais usadas para estimar o quanto uma pessoa pode viver após a idade da aposentadoria.

E os planos de previdência usam esses instrumentos para calcular as principais modalidades de renda, como a renda vitalícia.

Quando tomar a decisão

Ao iniciar a fase de acumulação de um plano de previdência, você informa à instituição a data de saída (quando pretende se aposentar) e uma modalidade de renda.

Essas informações, entretanto, podem ser alteradas até dois meses antes do fim da fase de acumulação. Quando chegar a data, a instituição responsável pelo plano entrará em contato com você para ratificar ou retificar a decisão.

Ao optar pela renda vitalícia, você interrompe os aportes e os recursos que acumulou ficam para a seguradora, que passa a ter um compromisso de pagamento mensal com você pelo resto da vida.

E se você viver mais do que o previsto nas tábuas atuariais, não há problema. A seguradora tem o dever de continuar os pagamentos.

Como é feito o cálculo de renda vitalícia da previdência

Se você está próximo de se aposentar, conseguirá obter o cálculo exato da renda vitalícia da previdência privada na própria instituição financeira responsável pelo seu plano.

Nesse caso, é aconselhável que você faça também cotações em outras seguradoras para descobrir quanto teria de renda, considerando o tamanho do patrimônio. Pode ser que encontre proposta melhor.

Para quem ainda não chegou à fase de se aposentar, é possível fazer simulações do cálculo de renda vitalícia da previdência usando uma ferramenta disponível no site da Susep (Superintendência de Seguros Privados).

O passo a passo é o seguinte:

  1. Comece pela aba “Cálculo PGBL e VGBL”: por meio do link é possível pesquisar os planos previdenciários aprovados pelo órgão e acessar também orientações sobre PGBL e VGBL.
  2. Pesquise os planos: através do botão “cálculo” você tem acesso a uma página que permite pesquisar pelo tipo de plano, nome da seguradora ou número do processo.
  3. Escolha o tipo de renda: após selecionar o plano de seu interesse, observe se ele oferece a modalidade de renda vitalícia e clique na lupa para saber mais detalhes.

Em seguida, basta preencher a data de nascimento, sexo, data prevista para começar a receber a renda e o valor acumulado (estimado ou verificado). O cálculo será feito automaticamente.

Como exemplo, pegamos o primeiro plano que aparece na pesquisa: um VGBL individual de uma determinada seguradora.

Nessa simulação, uma pessoa do sexo masculino nascida em 03/08/1986, que pretenda se aposentar em 03/08/2050 e tenha um saldo de R$1,5 milhão, receberia de renda vitalícia R$ 5.752,67 por mês.

Além da renda vitalícia da previdência privada

Os planos previdenciários oferecem diversas outras opções além da renda vitalícia da previdência privada. Ao passar à fase de usufruto, você pode:

  • Resgatar o saldo de uma única vez ou em parcelas
  • Converter o patrimônio em renda.

Quem decide pelo resgate (total ou parcial) se responsabiliza pela gestão dos recursos. É possível fazer saques periódicos enquanto existir saldo, desde que respeitado o intervalo de carência.

Caso a opção seja pela conversão do patrimônio em renda, é possível escolher entre seis tipos oferecidos:

  1. Renda vitalícia: paga exclusivamente ao participante até o seu falecimento.
  2. Renda temporária: renda paga por tempo determinado, que se encerra com o fim do prazo ou com a morte do participante.
  3. Renda vitalícia com prazo mínimo garantido: após a morte do participante, a renda é revertida ao beneficiário/herdeiro por um prazo preestabelecido. Se o titular morrer depois do prazo, a renda não é revertida.
  4. Renda vitalícia reversível ao beneficiário indicado: depois da morte do titular, um percentual da renda é paga ao beneficiário indicado também até o fim de sua vida.
  5. Renda vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos menores: depois da morte do beneficiário, um percentual da renda é revertida ao cônjuge até o fim da sua vida, quando passa aos filhos menores até a maioridade.
  6. Renda mensal por prazo certo: renda paga ao participante por determinado tempo. Caso o beneficiário faleça antes do prazo, os herdeiros recebem a renda na proporção de rateio. Nesse caso, a modalidade de renda não é atuarial, ou seja, os recursos não ficam para a seguradora.

Cuidados ao escolher a renda da previdência privada

Nos casos de renda temporária, a expectativa de vida e a idade do beneficiário não influenciam o cálculo da renda. Afinal, a renda tem prazo definido.

Para uma mesma reserva acumulada, a tendência é que a renda temporária seja maior que a renda vitalícia.

O mesmo acontece com as rendas vitalícias reversíveis, que tendem a ser menores que as vitalícias sem reversão devido ao compromisso da seguradora com os herdeiros. Antes de escolher, portanto, faça as contas e avalie qual tipo de renda é mais vantajosa para o seu perfil.

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