Clube de investimentos: 10 coisas que precisa saber

Por Redação Onze

clube de investimentos

O clube de investimentos é uma das maneiras mais indicadas para se ter acesso aos tipos de ativos que não conseguiria investir por conta própria. O grupo de investimentos só traz benefícios, tanto para quem deseja adquirir esses ativos quanto às empresas que os vendem, já que acabam tendo mais chances de conseguir vender os ativos.

Um clube de investimentos funciona como um condomínio. Nele, cada participante têm suas cotas e se reúne com outros condôminos para discutir estratégias de investimento para esse capital.

Não demos o exemplo do condomínio à toa. É assim que um clube de investimentos é reconhecido pela Comissão de Valores Imobiliários, o CVM. Além dele, os participantes do grupo devem também seguir as regras da Bolsa de Valores e seu regimento interno.

Já tinha ouvido falar nestes clubes, mas ainda tem dúvidas se é algo confiável ou até mesmo financeiramente viável de se fazer?

Nada mais justo, já que é do seu dinheiro que estamos falando. Por isso, se está interessado em fazer parte de um clube de investimentos, confira abaixo as 10 coisas que precisa saber antes de começar!

1. Você e os outros membros poderão gerenciar a carteira

Você não pode tomar as decisões sozinho, mas isso não significa que você não tenha uma voz. Melhor ainda, você e os outros membros do seu grupo de investimentos tomam a decisão em conjunto, cada um trazendo sua experiência, sabedoria, conhecimentos e habilidades para a mesa.

É importante mencionar que a administradora das aplicações também pode participar dessa conversa, indicando ativos e ajudando você e seu grupo a tomar as melhores decisões de investimento.

Essas decisões podem ser tomadas em assembleias periódicas, que obrigatoriamente devem ser conduzidas, no mínimo, a cada ano. São nelas que as estratégias do grupo são criadas ou alteradas no decorrer dos investimentos.

Vale lembrar que os investimentos de um clube devem seguir uma regra de distribuição: 67% dos ativos da carteira deverão ser investidos em ações, enquanto o restante pode ser aplicado em renda fixa ou outros derivativos.

2. Baixas taxas de administração e manutenção

Custo baixo é um dos maiores atrativos para participar de um grupo de investimentos. Apesar de a taxa de administração ser definida para a operadora. Por isso, não ter um valor fixo, esse é praticamente o único custo que terá.

Outra taxa que pode ser cobrada é a de performance, mas ela não é aplicada em todos os casos. Elas são cobradas apenas quando acordadas previamente com a corretora. Além disso, só são aplicadas caso os investimentos superem um determinado indicador. Se render menos, a taxa não é cobrada.

3. Estrutura mais enxuta que fundos de investimento

Os fundos de investimento e os clubes de investimento apenas são parecidos, mas os clubes têm uma estrutura bem mais enxuta.

Isso significa que eles podem operar com maior fluidez que os fundos. Um exemplo disso foi mencionado no primeiro item desse artigo: você e seu grupo podem decidir por conta própria onde irão aplicar os seus recursos.

Essa possibilidade já não é tão fácil nos fundos de investimento. Além disso, o custo de participar em um grupo também é menor, tornando essa opção a mais viável. 

4. Você ainda precisa de uma corretora

Apesar dessa liberdade, ainda assim é necessário contratar uma corretora para validar as operações financeiras do seu clube de investimentos.

Ao administrar um grupo, a corretora atua para validar as decisões e fazer as operações necessárias na plataforma de investimentos. Além disso, ela também cumpre o papel de mediadora, oferecendo sua expertise para ajudar a acabar com conflitos ou ofertando alternativas ao grupo.

5. Maior possibilidade de diversificar os investimentos

Lembra que falamos no início do artigo que participar de um clube de investimentos te dá acesso a mais opções de ativos? O que isso significa?

Que participar de um grupo automaticamente aumenta as chances de ter uma carteira diversificada com ativos que nem sonhava em ter. Afinal de contas, o seu poder de compra acabou aumentando consideravelmente ao se unir com outros investidores.

6. Pode optar por ceder a gestão à corretora

Não se considera uma pessoa decidida e prefere uma empresa ou um agente autônomo de investimentos? Se for consenso em seu grupo de investimentos, a gestão da carteira do clube pode ser cedida à corretora.

Porém, vale a pena lembrar que essa empresa ou profissional deve ser certificado e credenciado pela CVM, ou ele não será aceito como seu administrador.

Também é importante mencionar que, caso ceda o controle à sua corretora, pode ser que cobrem do seu grupo a taxa de performance, que mencionamos no segundo item dessa lista.

7. O resgate é definido em um acordo prévio

Cada grupo tem suas próprias regras, inclusive para o resgate dos investimentos. Montante e prazos de resgate são definidos no estatuto do clube, o documento que registra as estratégias e regras internas.

Nesse documento também estarão definidas as regras e prazos para resgate dos investimentos pedidos por qualquer um dos sócios.

No estatuto também ficam definidas as estratégias de investimento e até mesmo se o clube funcionará por um período ou se ele será indeterminado. No segundo caso, o grupo se dissipa apenas se for incorporado por outro clube de investimentos ou dissolvido pelos próprios membros.

8. É fácil entrar em um clube de investimentos

Além da flexibilidade e aumento no poder de compra que participar de um clube de investimentos proporciona, também é bastante fácil fazer parte de um. A única coisa que realmente precisa é comprar o número mínimo de cotas necessário para ser integrado ao grupo.

Você também pode criar o seu próprio clube de investimentos. Para isso, você precisa cumprir alguns pré-requisitos. São eles:

  • Ter no mínimo 3 cotistas interessados;
  • Ter no máximo 50 cotistas interessados;
  • Contratar uma corretora
  • Definir o valor de aplicação inicial para cada um;
  • Se o clube terá prazo de funcionamento ou não. Se sim, definir por quanto tempo ele irá operar;
  • Quais serão as políticas ou estratégias de investimento;
  • Como funcionará a remuneração da corretora;
  • Cláusulas para encerramento do clube;
  • Política sobre conduta dos participantes e o que será feito nos casos de morte ou incapacitação desse cotista;
  • Como, quando e com qual frequência acontecerão as reuniões de assembleia.

9. Você não corre o risco de um membro tomar conta do clube

Já participou de algo parecido e acabou com um membro tomando conta do clube por comprar todas as cotas? Isso não é possível em um clube de investimentos.

A regulamentação dos clubes de investimento estabelece que nenhum cotista pode comprar mais de 40% das cotas disponíveis do clube. Ou seja, é impossível que qualquer membro simplesmente tome o grupo e as decisões para si.

10. Como funciona a tributação dos grupos de investimento?

Já falamos que o baixo custo dos clubes de investimento são alguns dos seus principais atrativos. Isso também acontece por conta da tributação quase nula acerca deles.

Membros de um clube de investimentos são isentos de pagar imposto em qualquer operação. Apenas um percentual de 15% de Imposto de Renda é cobrado no momento do resgate.

É importante mencionar que esse percentual não é sobre o valor total, apenas sobre o rendimento obtido com a valorização das cotas.

Quer aprender ainda mais sobre os clubes de investimento? Então nos envie uma mensagem agora mesmo e conheça as diferentes maneiras de se tornar um investidor de sucesso!