Fundos multimercados: o que são e como funcionam

Por Redação Onze

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Os fundos multimercados são opções interessantes para o investidor que deseja ter boa rentabilidade. Afinal, a política de investimento focada na mescla de ativos de diferentes mercados traz uma diversificação maior para a carteira.

Continue lendo para saber mais sobre o funcionamento desse tipo de aplicação e aprender como escolher em qual investir a partir das suas vantagens e desvantagens.

O que são fundos multimercados?

Os fundos multimercados, assim como todos os outros fundos de investimento, funcionam de forma coletiva. Isso significa que o dinheiro aplicado pelos investidores vira patrimônio do grupo e é investido pelo gestor da melhor maneira possível.

Esse profissional fica responsável por todas as negociações de títulos e ativos de acordo com políticas preestabelecidas em contrato.

A definição “multimercado” se dá pelo fato do gestor poder investir o capital em diferentes mercados, transacionando ativos de renda fixa e variável para obter o melhor retorno possível.

Como os fundos multimercados funcionam?

É comum ouvir falar que o funcionamento dos fundos é similar ao de um condomínio. Isso porque, como na divisão de um empreendimento imobiliário, os custos e lucros são rateados de acordo com o investimento inicial de cada um.

Como visto, o gestor fica responsável pela administração desse patrimônio e pela compra e venda de ativos. Então, sempre que uma rentabilidade positiva é registrada, os ganhos são repassados aos investidores de maneira proporcional – em caso de desvalorização, segue a mesma lógica.

Vale a pena investir em fundos multimercados?

A resposta para essa pergunta varia de acordo com as metas e objetivos de cada investidor. Para ajudar você a decidir se os fundos multimercados são uma boa opção para o seu caso, reunimos abaixo os principais benefícios e riscos dessa modalidade de investimento.

Vantagens dos fundos multimercados

O primeiro atrativo de aplicar em fundos de investimentos, em geral, é que com eles você conta com a ajuda de um profissional para a gestão do capital.

Dedicado em conseguir os melhores retornos para o grupo, o gestor que trabalha com fundos multimercados tem uma ferramenta extra para atingir seu objetivo: a liberdade de negociar ativos de renda fixa e variável.

Para o investidor, isso significa mais diversificação para a sua carteira, o que, por sua vez, traz mais segurança aos investimentos.

A possibilidade de operar em nível multimercado também faz com que esse tipo de fundo tenha um potencial maior de retorno, sobretudo em momentos de baixa nos juros.

Riscos dos fundos multimercados

Ainda que o acompanhamento de um gestor profissional seja um conforto para o investidor, é preciso levar em conta que esse trabalho tem um custo. No caso específico dos fundos multimercados, geralmente é cobrada uma taxa de performance sempre que os resultados do grupo excederem o esperado.

Por operar em diversas categorias de ativos financeiros, essa modalidade pode apresentar uma rentabilidade melhor do que aquelas de renda fixa. Mas, como é regra no mundo dos investimentos, ganhos maiores vêm acompanhados de riscos mais altos.

Além disso, os fundos multimercados podem ser mais voláteis, portanto, são indicados para investidores com perfil agressivo.

Como escolher e investir em fundos multimercados?

Agora que você já conhece os possíveis riscos e benefícios desse tipo de aplicação, chegou o momento de saber como selecionar um fundo multimercado que atenda às suas necessidades e dê o retorno esperado. Então, confira os passos a seguir:

1. Planeje seus investimentos

O primeiro passo antes de iniciar sua jornada pelo mundo dos investimentos é planejar bem sua estratégia. Avalie suas metas e seus objetivos para traçar um plano que esteja de acordo com o que você necessita em curto, médio e longo prazo.

Não se esqueça de analisar se você precisa de um retorno rápido ou se, no momento, o foco é proteger sua reserva da inflação.

2. Analise o prospecto

Se você decidiu que os fundos multimercados são o que procura, a próxima etapa é a escolha entre as opções disponíveis para aplicação.

Nesse momento, é importante ler o prospecto com atenção para não ter prejuízo por falta de conhecimento. No documento, que é um descritivo do fundo, você encontra informações relevantes sobre o objetivo do ativo, sua política de investimento, as regras para resgate, etc.

3. Avalie a rentabilidade

Como os fundos multimercados trabalham com ativos de diversas naturezas, é impossível prever qual será o seu rendimento com 100% de exatidão.

Ainda assim, é fundamental olhar para o histórico de rentabilidade do grupo no último ano para entender quais foram os resultados obtidos pela gestão.

No entanto, tenha em mente que rendimentos passados não são garantia de ganhos futuros – essa análise serve apenas para ter uma perspectiva sobre o fundo.

4. Considere as taxas e os tributos

Motivo de frustração para muitos investidores despreparados, o desconto de encargos pode comprometer parte significativa da rentabilidade obtida no período.

Além da taxa de performance, que já citamos, também existe a cobrança da taxa de administração, que é feita de maneira proporcional ao valor investido.

Para tributação, existe a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de até 30 dias e o recolhimento do Imposto de Renda (IR), de acordo com a tabela regressiva.

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