Plano de contas em uma empresa: o que é e para que serve?

O sucesso na gestão patrimonial e financeira de um negócio depende de uma série de fatores, incluindo o chamado plano de contas.
Você já ouviu falar sobre ele? Muitas vezes ignorado, a sua ausência pode contribuir para desequilíbrios orçamentários relevantes, capazes de afetar o futuro de uma empresa.
Para não incorrer nesse erro, mais do que compreender a ferramenta, é preciso usá-la de forma eficiente. E é justamente isso que vamos demonstrar neste artigo. Acompanhe!
O que é um plano de contas?
O plano de contas é um instrumento contábil que revela importantes informações financeiras e fiscais de uma empresa. Ele funciona como um relatório, registrando as movimentações da organização, que vão muito além das entradas e saídas – para isso, temos o fluxo de caixa, por exemplo.
Ou seja, estamos falando de um recurso mais completo e complexo, que exige um conhecimento avançado em contabilidade para ser gerenciado de maneira certeira, como vai ficar evidente a seguir.
Para que serve um plano de contas?
O plano de contas ajuda a identificar as atividades financeiras de um negócio. Para isso, ele utiliza códigos e classificações para cada um desses registros. Em outras palavras, esse instrumento ajuda a estruturar e a padronizar relatórios contábeis conforme as normativas previstas na legislação nacional.
O objetivo é estabelecer um modelo único de leitura desses documentos, para que o tratamento dado a eles seja sempre o mesmo. Assim, a chance de ocorrer algum erro na interpretação dos dados diminui e, por consequência, a empresa ganha mais agilidade e segurança na hora de tomar decisões.
Dois documentos importantes da gestão organizacional, a demonstração do resultado do exercício (DRE) e o balanço patrimonial (BP), se baseiam no plano de contas para estruturar seus relatórios.
Quais são as vantagens do plano de contas?
A parte contábil e financeira de uma empresa exerce um papel fundamental na gestão organizacional. Além de apontar se o negócio está indo pelo caminho certo, correspondendo às expectativas previstas, ela serve de parâmetro para a elaboração de estratégias e planos de ações em diferentes esferas.
Portanto, investir em um plano de contas completo e detalhado traz benefícios como os descritos abaixo.
Processos otimizados
Não importa quem gerou este ou aquele relatório: se houver um plano de contas com informações padronizadas, as interpretações vão ser as mesmas.
Isso propicia uma otimização dos processos, porque todo aquele vai e vem que um relatório distinto poderia gerar é eliminado. Assim, é possível dar andamento às etapas burocráticas mais rapidamente.
Decisões gerenciais mais fundamentadas
Outro benefício que o plano de contas traz é servir de subsídio para a tomada de decisões. Como as informações estão claras e são de fácil acesso, os gestores ficam mais amparados na hora de fazer escolhas.
Cumprimento das obrigações fiscais
De tempos em tempos, as empresas precisam fazer a declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica. A periodicidade depende do modelo tributário em que a organização se enquadra ou escolhe.
Algumas podem declarar mensalmente, outras a cada três meses. Ainda há aquelas que o fazem uma vez por ano. Seja como for, trata-se de uma obrigação da Receita Federal, e o plano de contas é um facilitador para cumprir essa burocracia com mais agilidade.
Como o plano de contas é estruturado?
Para ajudar a compreender melhor como o plano de contas funciona, vamos mostrar a forma em que ele é estruturado. Basicamente, ele é dividido em cinco partes: ativos, passivos, custos, receitas e despesas. Entenda mais a seguir.
Ativos
São os bens e direitos de uma organização, que podem ser divididos em duas grandes categorias: ativos circulantes e não circulantes.
Ativos circulantes
São aqueles realizáveis dentro do ciclo operacional de uma empresa ou em curto prazo, menos de um ano após a data do último balanço patrimonial.
Ativos não circulantes
São aqueles realizáveis em um período superior ao ciclo operacional ou em longo prazo, mais de um ano após a data do último balanço patrimonial.
Passivos
São todos os deveres de uma organização. Assim como nos ativos, os passivos também são divididos entre circulantes e não circulantes, mas há uma subdivisão a mais: a de patrimônio líquido.
Patrimônio líquido
Representa o capital social dos sócios ou acionistas de uma empresa em determinado momento.
Custos
São os valores gastos em operações como produção, comercialização e prestação de serviços. Entre os principais custos podemos citar:
- Custo de Mercadoria Vendida (CMV)
- Custo de Serviço Vendido (CSV)
- Custo de Produto Vendido (CPV).
Receitas
Todo o valor obtido a partir da venda de um produto ou serviço. As receitas são, comumente, divididas em:
- Prestação de serviços
- Vendas
- Ganhos financeiros (juros, investimentos, multas).
Despesas
Se refere a todo o valor despendido na gestão de uma empresa. As despesas organizacionais são divididas em:
- Administrativas
- Financeiras
- Comerciais
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