O que a taxa Selic mínima histórica representa para seus investimentos?

Por Redação Onze

tesouro

Desde meados do ano passado, o Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central (BC), tem anunciado a redução da taxa básica de juros, a ponto de ser classificada como Selic mínima histórica. Essa mudança afeta diversas camadas da economia brasileira – como a variação do consumo e os índices de inflação.

Neste artigo, você poderá entender quais os fatores internos e externos que costumam nortear as mudanças que proporcionaram a Selic mínima histórica, além dos mais recentes números desse indicador.

Além disso, poderá compreender como essa mudança pode influenciar diretamente em seus investimentos pessoais e aplicações. Confira!

O que é a taxa Selic mínima histórica?

Antes de verificarmos os efeitos práticos da taxa Selic mínima histórica, é importante entender o que significa esse conceito e qual seu impacto no cenário econômico como um todo. 

Taxa Selic refere-se à sigla dada ao Sistema Especial de Liquidação e Custódia – que também é chamado de taxa básica de juros –, cujo papel é o gerenciamento de todo tipo de registro direcionado aos títulos públicos federais, inclusive sua manutenção e liquidação.

Com a taxa Selic, o Governo Federal pode utilizá-la como base para a cobrança de juros em todo o Brasil – sendo aplicada tanto para instituições públicas quanto privadas.

Matematicamente falando, o índice é obtido a partir da estipulação de uma média ponderada de todos os juros que estão sendo oferecidos por instituições bancárias no Brasil. Essa informação é importante para entender a Selic mínima histórica.

A meta desse índice é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que é um órgão vinculado ao Banco Central (BC). Os anúncios são feitos a cada 45 dias e, dentro do contexto do período, a taxa pode ser mantida ou alterada.

Por que a Selic reduziu?

Em um breve cenário do que ocorreu nesse segmento econômico do governo, vamos voltar até o mês de junho de 2019. Esse foi o período em que o Banco Central fez uma mudança que proporcionou a Selic mínima histórica. 

Após um total de dez encontros do Copom em que a taxa mínima de juros ficou em 6,5% ao ano (índice que estava inalterado desde maio de 2018), a Selic foi reduzida para 6%. Desde então, os cortes prosseguiram e a taxa anual foi ficando cada vez menor.

Em notícia de 6 de maio de 2020, o BC anunciou novo corte e reforçou o conceito de Selic mínima histórica: de 3,75% para 3%.

O anúncio foi considerado ousado por diversos setores do mercado – e não para por aí: a sinalização é de que os juros fiquem ainda menores. 

Alguns analistas apontam que esse movimento tem como motivação a instabilidade econômica de escala mundial, causada pela crise da pandemia do novo coronavírus. 

O que muda nos investimentos pessoais?

O impacto da Selic mínima histórica nos investimentos pessoais está relacionado, principalmente, aos tipos de produtos em que o investidor costuma utilizar suas economias.

Uma opção que faz parte da cultura do brasileiro é a poupança.

Esse é um investimento praticamente isento de risco, extremamente conservador e com baixa rentabilidade. 

Se você faz parte desse grupo, é importante saber que, se a poupança já rendia pouco, com a Selic mínima histórica ela passa a render ainda menos. Isso acontece pelo fato de a poupança ter seus rendimentos vinculados diretamente a esse índice. 

Diante desse cenário, especialistas indicam mudanças na forma de investir. Nesse caso, não se trata apenas de apostar em um único caminho, mas de uma diversificação de seus investimentos.

Aproveitar a baixa da Selic pode significar em optar por investimentos de renda fixa e variável, tirando proveito do menor valor de taxas e tributos. O objetivo é focar na melhor rentabilidade e liquidez de cada opção.

Os títulos de renda fixa, em geral, costuma ser impactados pela Selic, o que traz uma rentabilidade menor, mas ainda assim maior que a Poupança, a exemplo do CDB, Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito Agronegócio (LCA).

Além das citadas, existem outras opções de investimentos que podem proporcionar melhor rentabilidade, mas isso vai depender do seu perfil de investidor e apetite por risco. Independentemente de sua decisão, é fundamental não esquecer do seu fundo de emergência, para que você possa fazer um rápido resgate, se necessário. 

Conheça novos caminhos, busque outros produtos financeiros e aproveite a Selic mínima histórica a seu favor na hora de concluir uma operação. Acesse o nosso Guia Completo do Mercado Financeiro para ter mais opções detalhadas.

Para mais informações sobre economia e finanças pessoais, acompanhe as notícias da página Onze.