Tábua de Mortalidade: entenda mais sobre previdência privada

Por Redação Onze

tábua de mortalidade

Investir em previdência privada é um recurso que muitas pessoas têm utilizado para garantir maior tranquilidade quando o assunto é aposentadoria. A tábua de mortalidade é um fator muito importante a ser analisado nos planos de previdência privada. Mas o que é tábua de mortalidade?

De forma resumida, podemos dizer que é uma ferramenta que permite, por meio de estudos estatísticos, calcular as probabilidades de vida e morte de uma população, em função da idade e do sexo. É também conhecida como tábua de sobrevivência, tábua de vida ou tábua de longevidade. 

A Tábua Atuarial AT-1949 surgiu nos Estados Unidos em 1949, quando a estimativa de vida era mais baixa. Depois, foi criada a tabela AT-1983, para atualizar os dados. A expectativa de vida aumentou e nos anos 2000 ocorreu mais uma atualização, com o surgimento da AT-2000. 

Como você pode observar, esses dados são referentes à população dos EUA. E no Brasil, existe uma tábua atuarial? Sim, em 2010 o Mercado de Seguro Nacional criou a BR-EMS, a Tábua Atuarial de Expectativa Média de Sobrevida.

Um ponto a ser destacado é o fato de a tabela BR-EMS medir somente a estimativa de vida daqueles brasileiros que aderiram aos planos de previdência complementar. 

O que é a Tábua de Mortalidade?

Agora que você já conheceu a história da tábua de mortalidade, vamos falar um pouco sobre as suas principais características. Ela foi criada com o objetivo de calcular a expectativa de vida média do investidor nos casos de renda vitalícia, sendo também chamada de Tábua Atuarial.

A idade da aposentadoria é 60 ou 65 anos, e com essa ferramenta é possível projetar quantos anos a mais uma pessoa que acabou de chegar à terceira idade pode viver dali para frente.

A tábua de mortalidade também possibilita pegar o saldo acumulado do investidor e dividi-lo em parcelas iguais nos casos de renda vitalícia.

Quando um investidor decide aderir ao plano de previdência privada, essas tábuas atuariais são utilizadas para calcular as modalidades de renda que ele pode contratar na aposentadoria. 

É importante entender também que os planos de previdência são divididos em duas fases temporais: o período de acumulação e o período de utilização ou usufruto. Vamos explicar cada um a seguir:

  • Período de acumulação

É quando o investidor faz as contribuições e seu patrimônio é rentabilizado em fundos de investimento, ou seja, o valor é acumulado e vai formando a sua reserva para a aposentadoria.

  • Período de utilização ou usufruto

É a fase em que você recebe e usa os recursos do plano na sua aposentadoria.

Quando chegar a sua aposentadoria, você terá ainda duas opções de resgate do valor investido: resgatar os recursos (de uma vez ou aos poucos) ou contratar uma modalidade de renda, recebendo um valor mensal de aposentadoria. É no caso da renda que a tábua atuarial é usada para calcular o valor do benefício.

Para que serve a Tábua de Mortalidade?

No plano de previdência privada, a tábua de mortalidade serve para calcular as modalidades de renda que um investidor pode contratar na aposentadoria. Neste caso, o participante decide usar seu saldo para comprar uma modalidade de renda mensal, reversível ou não aos seus beneficiários, deixando o saldo acumulado para a seguradora. 

Poucos são os que contratam renda. O motivo principal é a falta de controle sobre o seu próprio dinheiro. Se você optar por essa modalidade, o saldo acumulado no plano fica para a seguradora, que tem a obrigação de pagar a você mensalmente.

Quem realiza o cálculo para definir o valor a que o investidor ou seus familiares terão direito no momento da aposentadoria ou em casos de morte ou invalidez são os atuários. Atualmente, a expectativa de vida tem aumentado no Brasil, fato que gera certa preocupação nos fundos de pensão. 

Se a pessoa que contratar um plano de previdência sobreviver além do esperado, essa alteração de mortalidade vai interferir nos valores que os fundos devem ter para efetuar os benefícios. Assim, a seguradora corre o risco de não conseguir cumprir o seu compromisso com o segurado.

Para quem vai escolher a modalidade de renda, é aconselhável cotar em outras seguradoras – dois meses antes da data de saída do plano – o valor da renda que conseguiria receber se fizesse portabilidade, levando-se em conta o valor que você tem aplicado. Assim, talvez você consiga uma renda ainda maior em outra instituição.

Vale lembrar também que quanto mais jovem o participante se aposentar e maior a expectativa de vida, menor será a renda. Além disso, as características da modalidade de renda contratada também devem influenciar no benefício.

Existem diversas modalidades de renda, e as mais comuns no mercado são: Renda mensal por prazo certo, Renda temporária, Renda vitalícia, Renda vitalícia com prazo mínimo garantido e Renda vitalícia reversível ao beneficiário indicado.

O que são tábuas atuariais?

Já falamos anteriormente sobre a história da criação da tábua de mortalidade. Os planos de previdência no Brasil utilizavam até 2010 as tábuas atuariais americanas para o cálculo das rendas. São elas: 1949 (AT-1949), 1983 (AT-1983) e 2000 (AT-2000). Cada tábua de mortalidade atualizou a expectativa de vida da tábua anterior com as condições do ano em que era calculada. 

Assim, quanto mais antiga for a tábua de um plano, maior será a renda mensal do participante, considerando a menor expectativa de sobrevida.

Outro ponto importante sobre as tábuas atuariais antigas é que normalmente previam que o valor da renda seria corrigido pela inflação (IGP-M) mais uma taxa de juros real, isto é, podendo variar de 1% a 6% ao ano.

Somente em 2010 foi criada a tábua de mortalidade brasileira, a BR-EMS. A tabela foi baseada na estimativa de vida daqueles brasileiros que aderiram aos planos de previdência complementar. Além disso, a BR-EMS prevê uma atualização automática da expectativa de sobrevida a cada cinco anos, sendo a segunda revisão programada para 2020.

Vale lembrar que quanto mais os dados estão atualizados, maior é a previsibilidade e menor é o risco que as seguradoras têm, garantindo uma segurança maior para quem deseja optar pelo plano de previdência.

É muito importante que uma entidade adote a tábua mais adequada ao perfil de sua massa de participantes. Como você viu, a mudança na tábua de mortalidade interfere diretamente no valor do benefício financeiro do plano

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