7 consequências da desorganização financeira

Por Redação Onze

desorganização financeira

A desorganização financeira tem um impacto direto na saúde financeira das pessoas, na medida em que torna mais difícil controlar problemas e lidar com imprevistos. De acordo com o Bureau de Proteção Financeira ao Consumidor dos Estados Unidos, a saúde financeira pode ser definida como um estado no qual a pessoa:

  • Tem controle sobre suas finanças do dia-a-dia e mensais;
  • É capaz de absorver um evento que a impacte financeiramente;
  • Está no caminho certo para alcançar suas metas financeiras;
  • Tem a liberdade financeira para tomar decisões que permitirão que ela aproveite melhor a vida.

Na contramão desses aspectos, os sintomas da desorganização financeira são:

  • Não conseguir controlar seu orçamento de forma a não contrair dívidas;
  • Não conseguir poupar qualquer valor no final do mês;
  • Pagar uma grande quantidade de juros em função dos parcelamentos realizados.

Isso significa que não se trata apenas de uma questão de renda, porque mesmo pessoas muito ricas podem ter uma alta desorganização financeira.

Se alguém que ganha um alto salário chega ao final do ano sem ter poupado praticamente nada, só isso já demonstra que essa pessoa não está organizando suas finanças de forma adequada e que está vivendo no limite da sua renda.

Caso se depare com uma emergência, provavelmente terá dificuldades.

Além disso, se a pessoa vive focando apenas no agora, terá problemas no futuro, quando for se aposentar e não tiver os fundos para manter o mesmo padrão de vida (ou mesmo um padrão de vida minimamente digno).

Como a desorganização financeira afeta o seu cotidiano

Não controlar suas finanças leva a uma série de problemas. Veja os principais:

  • Falta dinheiro no fim do mês

Quando não há um controle sobre as finanças, as pessoas tendem a se tornar mais vulneráveis e caem com mais frequência em tentações de consumo, comprando coisas das quais não precisam. Como consequência, pode faltar dinheiro para poupar no fim do mês ou pior: pode faltar dinheiro até para pagar as contas.

Pessoas consumistas costumam achar, por exemplo, que o cheque especial é um suplemento ao salário e tendem a ignorar a quantidade e o valor das compras feitas no cartão de crédito, assim como os juros atrelados a elas. 

  • As dívidas crescem

Quando não existe um equilíbrio entre renda e despesas, as dívidas se tornam inevitáveis. E com as dívidas, começam as cobranças e o acúmulo cada vez maior de juros.

Esse aspecto pode ser extremamente estressante, porque as constantes ligações e correspondências, as ameaças de ações judiciais e os protestos em cartórios provocam uma grande preocupação.

Para solucionar o problema, muitas pessoas acabam pedindo ajuda financeira a familiares, amigos ou parceiros para cobrir as dívidas, o que pode causar mal estar, brigas e constrangimento.

  • Relações sociais são abaladas

O desgaste das relações sociais, como comentamos, é uma das consequências da desorganização financeira e da falta de saúde financeira. Quando o descontrole afeta a vida da família ou do casal, por exemplo, o resultado pode ser um aumento dos níveis de estresse e discussões em casa.

Além disso, uma pessoa que não honra com suas dívidas e constantemente pede dinheiro emprestado às pessoas próximas tende a ser vista com desconfiança e evitada nos grupos sociais.

  • O nome pode acabar “sujo”

Quando a pessoa não consegue pagar suas dívidas e seu nome fica “sujo”, ou seja, vai para cadastros de inadimplentes como o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), a rotina financeira fica ainda mais complicada.

Isso torna o acesso a crédito e serviços bancários em geral muito mais difíceis, já que a maioria das instituições financeiras têm acesso a esses dados. A pessoa inadimplente não consegue tomar empréstimos, fazer financiamentos, alugar imóveis ou conseguir um limite maior no cartão de crédito, por exemplos.

Outros aspecto prejudicial é que a existência de débitos em instituições de proteção ao crédito provocam até mesmo problemas na hora de conseguir um emprego. Muitas empresas também têm acesso a esses dados e levam em conta se o funcionário é responsável financeiramente, usando esse dado como um indicador mais amplo de sua personalidade.

  • Momentos de lazer ficam raros

Além disso, ao tentar manter um padrão de vida acima do que é capaz, a pessoa acaba se tornando refém das dívidas e não consegue mais reservar dinheiro para os momentos de alegria e lazer.

Nesse estágio, a pessoa basicamente trabalha para pagar suas dívidas e pagar as contas básicas, o que pode ser extremamente frustrante porque passa a sensação de estagnação e de que a renda está indo pelo ralo por causa de decisões ruins feitas anteriormente.

  • Você acaba trabalhando demais

Pessoas endividadas podem se tornar workaholics em busca do dinheiro das horas extras ou de trabalhos freelancers que complementem a renda e ajudem a quitar as dívidas.

Essas atitudes, no entanto, não combatem a essência do problema, que é a desorganização financeira e o descontrole do orçamento. Trabalhar em excesso pode ser ainda mais prejudicial, pois abala a saúde física, mental e social das pessoas.

  • A saúde física é afetada

Segundo um estudo realizado por acadêmicos de quatro instituições dos Estados Unidos com mais de 3 mil trabalhadores apontou que a desorganização financeira e a falta de saúde financeira em geral provocam diversos problemas de saúde.

No estudo, cerca de 42% dos entrevistados responderam que a sua saúde sofreu algum tipo de impacto em funções de seus problemas financeiros. Desse total, foram destacadas as seguintes condições::

  • Estresse (46,3%)
  • Ansiedade (11,9%)
  • Depressão (10%)
  • Insônia (9,2%)
  • Dor de cabeça (7,3%)
  • Hipertensão (7,2%) 
  • Perda ou ganho de peso (3,5%)
  • Problemas estomacais ou digestivos (2,9%)
  • Outras dores – como nas costas ou no peito (1,2%) 
  • Fraqueza e cansaço generalizado (1,1%)
  • Úlceras (1%)
  • Uso de drogas lícitas ou ilícitas (0,3%)