Plano de saúde empresarial: como implantar no seu negócio

Por Redação Onze

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O segredo de grandes empresas de sucesso é pensar com cuidado no seu bem mais valioso: as pessoas. Por isso, preocupar-se com o bem-estar, a saúde e a qualidade de vida do colaborador não devem ser visto como algo secundário, mas sim como um investimento. Um dos benefícios mais desejados dentro das companhias é o plano de saúde empresarial.

O que é um plano de saúde empresarial?

O plano de saúde empresarial, como o próprio nome diz, é um convênio contratado por empresas de todos os portes para garantir a saúde de seus colaboradores. Nele estão previstos atendimentos médicos, como consultas, exames, internações, tratamentos, partos e cirurgias.

Normalmente, o benefício também inclui os dependentes diretos do funcionário (cônjuges, filhos e, em alguns casos, pais), garantindo assim uma segurança para toda a família.

Vale ressaltar que esse tipo de convênio tem um custo bem menor do que se a pessoa o contratasse de forma individual – a economia pode chegar a 40%. Para se enquadrar, é preciso ter um CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), ser MEI (Microempreendedor Individual) há pelo menos seis meses ou ser considerado CEI (Cadastro Específico do INSS) – pessoa física equiparada a empresa. Além disso, é preciso ter no mínimo duas vidas seguradas, sejam elas familiares ou funcionários vinculados ao CNPJ – isso pode variar de acordo com a operadora e o tipo de contrato.

Importância de um plano de saúde empresarial

Um estudo realizado pela Catho em 2016 revelou que o seguro-saúde era o benefício mais desejado pelos funcionários, com 74%. Em segundo lugar aparece a participação nos lucros (57,2%) e em terceiro o vale-alimentação (52,4%).

O número é alto em função da precariedade do Sistema Único de Saúde (SUS), que não dá o suporte básico para a população. Como não podem contar com o governo e às vezes o custo de um plano de saúde individual pode estar fora do alcance, as pessoas passam a buscar empregos cujo benefício pode ser o principal diferencial.

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), até dezembro de 2019, dos 47 milhões de usuários desse benefício, 31,7 milhões se enquadravam na contratação empresarial.

Outro fator motivador é que o plano de saúde empresarial normalmente é estendido aos familiares, o que faz total diferença no bolso do colaborador, além de ser uma preocupação a menos. Conheça as demais vantagens, tanto para o empregado quanto para o empregador:

1. Valorização da força de trabalho

Como falamos, quando a empresa investe em um plano de saúde empresarial, ela transmite preocupação genuína com o bem-estar e a saúde do colaborador. Com isso, a equipe se sente mais valorizada e respeitada, o que fortalece o engajamento e a motivação. A prática também gera reflexos no público-alvo, que tem uma entrega de melhor qualidade, além de ter uma imagem positiva da marca.

2. Desconto no Imposto de Renda

Toda oportunidade de pagar menos imposto é sempre bem-vinda. Tanto a empresa quanto o funcionário podem usar o plano de saúde empresarial para ter desconto no Imposto de Renda.

3. Diminuição das ausências e licenças de saúde

Um colaborador saudável gera muito mais lucro para a empresa. Este benefício propicia não só o tratamento mais efetivo de doenças, como ajuda na prevenção. Com um acesso maior ao sistema de saúde privado, as opções para consultas e exames podem ser encaixadas de forma a não prejudicar a carga horária do trabalhador. Isso faz com que a companhia sofra menos baixas e tenha mais qualidade laboral.

4. Melhora da produtividade

A saúde mental da equipe também é um grande fato a ser levado em consideração. Hoje, o aumento do estresse com as demandas do dia a dia, metas cada vez mais elevadas e a falta de uma gestão emocional mais equilibrada fazem com que o colaborador sofra mais com problemas como depressão, burnout, síndrome do pânico, entre outros.

É importante que a empresa acompanhe isso de perto com ações de conscientização, orientação e acolhimento, estimulando o tratamento de possíveis disfunções por profissionais habilitados. Mais um vez, com um plano de saúde empresarial é possível fazer a prevenção e a terapia sem ônus para ambas as partes.

Como fazer um plano de saúde empresarial?

Qualquer empresa pode fazer um plano de saúde empresarial, mesmo sendo pequena. Uma análise bem detalhada de operadoras, tipo de planos, número de vidas, valores e carências, além da especificidade e da necessidade da sua empresa, vai determinar o custo-benefício da contratação. Veja alguns pontos que devem ser observados:

Analise as empresas que estão no mercado

Procure uma operadora confiável. No site da ANS – órgão responsável pela fiscalização e regularização de todos os planos de saúde – é possível ver a lista das empresas com seus respectivos índices de reclamação e satisfação. Muitas grandes empresas já tiveram seus registros cancelados por irregularidades na prestação de serviço, portanto fique de olho!

Entenda do que mais você precisa

Em seguida, procure entender qual é a necessidade da sua empresa e de seus colaboradores. Para isso, é preciso conhecê-los. Use e abuse de pesquisas. Há uso frequente de alguma especialidade? Por exemplo, se a sua equipe é composta na maioria por mulheres é interessante que o tipo de plano contemple partos. Viagens de trabalho fazem parte da rotina? Se sim, é preciso saber se os funcionários estarão cobertos em caso de emergência.

Já se o seu segmento gera muita pressão e estresse, vale ter uma opção com um quadro de psicólogos e psiquiatras à disposição. Outra dica é optar por convênios que tenham hospitais de fácil acesso e com uma variada gama de especialidades. Essa análise é importante, pois vai influenciar no custo e na diminuição de contratempos.

Tenha em mente que o barato sai caro – não adianta escolher um plano barato e ter problemas futuros com acidentes ou ausências desnecessárias. O mais importante é verificar atentamente qual é o custo-benefício da operadora e se as opções contempladas no contrato atendem às expectativas da empresa.

Veja as opções do mercado

Pode-se, ainda, contratar um plano de saúde empresarial sob a modalidade de coparticipação. Nela as mensalidades são menores, com cobranças adicionais somente quando o plano é utilizado. Essa é uma opção que não onera tanto a empresa, mas é preciso avaliar se ela vai atender a todas as demandas e expectativas de ambas as partes (empregado e empregador).

Reajuste e carências

Empresas com até 29 funcionários devem ter a mensalidade reajustada anualmente, e as carências são as vigentes pela ANS. Já naquelas de 30 a 99 vidas os reajustes são negociados com a operadora, levando em consideração as receitas e despesas de seus beneficiários, além de mudança de faixa etária, até os 60 anos, quando eles passam a ser proibidos. Já com relação à carência, até 99 vidas o plano fica isento, com exceção de parto e condições preexistentes. A partir de 100 vidas há a isenção de todas as carências.

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