Previdência progressiva ou regressiva: qual regime escolher?

Por Redação Onze

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Escolher um plano de previdência privada envolve diversos fatores que devem ser analisados com cuidado. Um deles é a definição do regime de tributação da previdência, ou então tabela progressiva ou regressiva, que impactará diretamente nos impostos pagos pelo seu plano.

Mas quando essa escolha deve ser feita e como saber qual a melhor opção? Descubra agora a resposta dessas e outras perguntas importantes para saber antes de contratar o seu plano.

Previdência progressiva ou regressiva: o que é?

Os termos ‘progressiva’ e ‘regressiva’ estão diretamente relacionados ao regime de tributação escolhido na hora da contratação de um plano de previdência privada.

Como a previdência é um tipo de investimento com incidência de imposto de renda, escolher o regime certo é essencial para que não haja perdas significativas no momento do resgate de seus valores.
Veja as principais diferenças entre os regimes progressivo e regressivo:

Regime progressivo

Como o nome sugere, no regime progressivo as alíquotas aumentam progressivamente, conforme o valor de resgate ou da renda recebida. Ou seja, quanto maior for o valor da retirada, maior será a porcentagem a se pagar sobre imposto de renda.

Por esse motivo, ele é indicado para quem pretende fazer retiradas ou manter uma renda com valores referentes às menores alíquotas de impostos.

Regime regressivo

Já no regime regressivo, o que define a faixa de desconto não são os valores, mas sim o tempo entre o aporte e o resgate. Nesse caso, quanto mais tempo o beneficiário demorar para fazer suas retiradas, menor será o imposto devido.

Por causa dessa redução de impostos, esse regime é indicado para quem pretende deixar o valor acumulado por longos períodos, independentemente de qual será o valor de retirada.

Qual a tabela de alíquotas?

Há duas tabelas que devem ser consideradas, sendo uma para cada tipo de tributação. Analisar cada uma delas será essencial para constatar se o melhor é escolher a previdência no regime progressivo ou regressivo.

No regime progressivo, há a chance de ser isento de imposto de renda ou ainda ter que pagar até 27,5% do valor.

Apesar dessa variação, o padrão é que seja retido na fonte 15% do valor da retirada. O imposto é compensável: caso os valores estejam em faixas inferiores a 15%, haverá a restituição na Declaração Anual do Imposto de Renda. Da mesma forma, caso se encaixe em faixas maiores, a adequação deverá ser paga.

Valor da renda ou resgateAlíquota
Até 1.903,98Isento
De 1.903,99 até 2.826,657,5%
De 2.826,66 até 3.751,0515%
De 3.751,06 até 4.664,6822,5%
Acima de 4.664,6827,5%

Já a tabela do regime regressivo favorece aqueles que mantêm o seu plano vigente por mais tempo. O imposto é definitivo e não há ajuste na declaração de IR, veja só:

Vigência do planoAlíquota
Até dois anos35%
De dois a quatro anos30%
De quatro a seis anos25%
De seis a oito anos20%
De oito a 10 anos15%
Mais de 10 anos10%

Independentemente do beneficiário escolher o regime progressivo ou regressivo, há outro fator que definirá qual o valor absoluto a ser pago em tributações: o plano contratado.

Caso o plano escolhido seja o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), os impostos, sejam eles progressivos ou regressivos, terão como base de cálculo o valor total, ou seja, o acumulado ao longo dos anos mais rendimentos.

Quem optar pelo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) terá suas tributações baseadas apenas nos valores de rendimento, e não no total acumulado.

Quando escolher o regime progressivo?

Se, ao contratar o plano de previdência, o participante tiver como objetivo a retirada rápida dos valores ou ainda prever que fará resgates de valores baixos, o regime progressivo é a melhor opção.

E o regressivo?

A tabela regressiva é indicada quando, ao contratar o plano, o beneficiário já tem o planejamento de manter o valor acumulado por longos períodos, de preferência garantindo que o pagamento de Imposto de Renda possa chegar a 10%.

Há variações de acordo com o objetivo?

O objetivo para utilização do seu plano é o que dirá qual o melhor regime: progressivo ou regressivo.

Se o plano foi feito como uma reserva para utilização na compra de um bem ou a realização de uma viagem ou evento em poucos anos, o regime progressivo será o mais indicado.

No entanto, se o pensamento está diretamente ligado à aposentadoria e ainda há muitos anos para poupar, o regime regressivo será a melhor escolha.

 

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