Títulos do Tesouro Direto: rentabilidade, liquidez e como investir

Por Redação Onze

Títulos do Tesouro Direto

Os títulos do Tesouro Direto são uma opção de investimento mais segura e rentável do que a poupança.

Dependendo do título escolhido, você pode resgatar a qualquer momento, controlar a rentabilidade das suas aplicações e ter um lucro garantido, sem muita dor de cabeça.

Interessado em saber um pouco mais sobre esse investimento e os três tipos de títulos do Tesouro Direto? Então acompanhe o texto.

O que são títulos do Tesouro Direto

Títulos do Tesouro Direto são papéis emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar as atividades do governo e criar um canal direto de investimento soberano para a pessoa física.

Para os investidores, os títulos são um tipo de investimento em renda fixa que segue muitas das regras e do formato de outras aplicações, como os famosos CDBs.

Você investe o dinheiro e recebe de volta com juros. Como o credor é uma instituição sólida como o governo federal brasileiro, o risco de calote é praticamente nulo. E, para aplicar, você só precisa de algumas dezenas de reais.

A rentabilidade não é a mais agressiva, especialmente em tempos de baixas históricas dos juros, mas, se você escolher bem o título, pode ter um bom retorno, dependendo dos seus objetivos e perfil.

Os títulos IPCA+ e Prefixado têm opções que pagam juros semestrais, ou seja, são entregues ao investidor a cada seis meses, e não acumulados ao final do período. É importante observar, seja qual for o tipo de título escolhido, as cobranças de taxas e a alíquota do Imposto de Renda em cada um deles.

Títulos do Tesouro Direto: tire suas dúvidas

Confira a seguir as principais características dos títulos do Tesouro Direto. Em comum, todos contam com a garantia do Tesouro Nacional, a possibilidade de resgate em um dia útil e as mesmas regras de tributação (IOF em tabela regressiva que começa em 96% para investimentos inferiores a um mês e IR em tabela regressiva que parte de 22,5% para aplicações inferiores a 180 dias).

Tesouro Prefixado

O Tesouro Prefixado é um título do Tesouro Direto que paga uma taxa de juros predefinida.

Tipo de rentabilidade

Como o nome sugere, o Tesouro Prefixado tem uma rentabilidade fixa: 4% ao ano, 5% ao ano, 6,5% ao ano etc.

Assim, o investidor sabe exatamente quanto irá resgatar se investir determinada quantia de dinheiro por determinado tempo.

Liquidez

Os títulos prefixados têm liquidez diária, ou “em D+1”, ou seja, o dinheiro fica disponível no dia seguinte à solicitação.

É importante lembrar que, em caso de liquidação antecipada, a rentabilidade pode ser menor do que a projetada para o período. E, conforme a marcação a mercado, o título pode até se desvalorizar caso seja vendido antes do prazo previsto.

Tesouro IPCA

O Tesouro IPCA é atrelado ao índice oficial de inflação do país e é ideal para quem busca se proteger da desvalorização do dinheiro no longo prazo.

Tipo de rentabilidade

O Tesouro IPCA tem rentabilidade híbrida, com uma parte fixa e outra variável. Ou seja, ele vai pagar a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo e mais um percentual predefinido. Esse percentual, portanto, pode ser considerado um ganho real, porque ficará acima da inflação.

Liquidez

O Tesouro IPCA também tem liquidez diária, o que colabora para torná-lo uma boa maneira de guardar dinheiro, protegendo-o da desvalorização e mantendo o poder de compra.

Assim como no caso do Tesouro Prefixado, aqui também há a marcação a mercado, que impõe uma oscilação diária ao preço do título. Se você vendê-lo antes do prazo previsto, pode ganhar mais dinheiro ou até sofrer prejuízo, dependendo dos movimentos do mercado.

Tesouro Selic

Como o nome diz, o Tesouro Selic é o tipo de título atrelado à taxa básica de juros da economia (Selic). É um dos principais títulos para compor a reserva de emergência.

Tipo de rentabilidade

O Tesouro Selic tem rentabilidade pós-fixada, pois depende da variação da taxa Selic. Não traz uma rentabilidade elevada, mas pode ser resgatado a qualquer momento com lucro.

Liquidez

O Tesouro Selic tem liquidez diária e não sofre a marcação a mercado, já que se trata de um título pós-fixado. Ou seja, aqui você não corre o risco de ver uma desvalorização do título.

Por isso, serve muito bem para compor sua reserva de emergência, aquele fundo de alta liquidez que cobre alguns meses do seu custo de vida.

Como investir nos títulos do Tesouro Direto

Há basicamente duas maneiras de investir nos títulos do Tesouro Direto:

1. Pelo site do Tesouro Direto

É possível investir diretamente pelo site do Tesouro Direto. O portal disponibiliza um orientador financeiro para ajudar a escolher a aplicação mais adequada ao perfil do investidor.

O usuário pode simular a rentabilidade dos títulos disponíveis e os históricos de resgates e taxas.

Porém, antes disso, é preciso fazer cadastro em uma das corretoras habilitadas a operar no Tesouro Nacional. Vale a dica: escolha uma que não cobre taxas para esse tipo de investimento.

Depois, com o login ativo, você pode voltar ao site do Tesouro e fazer suas operações.

2. Por meio de uma corretora

A maneira mais fácil de operar com o Tesouro Direto é por meio de uma corretora. Já que você precisa se cadastrar em uma instituição de qualquer forma, pode aproveitar e usar os serviços oferecidos por ela.

É possível administrar seus títulos pelo site ou aplicativo da maioria das corretoras. Escolher a mais indicada é como decidir em qual banco abrir uma conta: vale a pena observar tarifas, produtos e vantagens oferecidos por cada uma.

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