Valor da taxa Selic: saiba como os juros são definidos

Por Redação Onze

Saber qual é o valor da taxa Selic não é apenas uma curiosidade, mas também uma maneira de se manter informado sobre os rumos da economia brasileira e o desempenho dos seus próprios investimentos.

Por falar nisso, você sabe qual é o patamar dela hoje? Preparamos este artigo completo sobre o assunto, abordando o índice atual, como ele é definido, suas oscilações ao longo da história e por que, afinal de contas, a Selic é tão importante. Continue lendo e confira!

Qual é o valor da taxa Selic?

Para o mês de junho de 2020, o valor da taxa Selic é de 3% ao ano. Para se ter uma ideia, no mesmo mês de 2019, ela era de 6,5% ao ano. No site do Banco Central, ao lado do índice de inflação, você pode acompanhar as atualizações da taxa Selic e ainda conferir o seu histórico ao longo dos anos. 

Como o valor da Selic é definido?

A meta da Selic é definida a cada 45 dias por meio de uma reunião realizada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que é vinculado ao Banco Central. A seguir, detalhamos a dinâmica de funcionamento dos encontros e qual é a sua importância para a definição dos rumos econômicos do Brasil.

Como é uma reunião do Copom?

As reuniões, que se estendem ao longo de dois dias, servem para definir se a Selic vai ser mantida ou modificada – no segundo caso, ela pode tanto ter um aumento quanto uma queda.

O primeiro dia, normalmente uma terça-feira, é dedicado para as apresentações técnicas, que abordam as perspectivas econômicas, as condições de liquidez e o comportamento do mercado naquele período. 

As informações servem para embasar as discussões que acontecem no segundo dia, geralmente uma quarta-feira. A decisão de cada um dos membros, que vai ser convertida em voto, deve avaliar tanto o cenário macroeconômico quanto os principais riscos associados a ele. Isso implica em considerar fatores como: 

  • Cenários econômico e político do Brasil e do mundo
  • Desempenho da atividade econômica
  • Projeções para a inflação
  • Perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB).

No entanto, mesmo eventos de alto impacto social podem influenciar na decisão, a exemplo da pandemia da Covid-19, que alterou as perspectivas econômicas em escala global em 2020.

Têm direito ao voto o presidente do Banco Central e os membros das oito diretorias colegiadas do órgão.

Valor da taxa Selic na história

Desde a sua instituição nos parâmetros atuais, em 1999, a taxa Selic já sofreu bruscas alterações, que acompanham os momentos históricos e econômicos vividos pelo Brasil. 

A lista abaixo mostra um pouco dessa realidade, evidenciando a taxa Selic acumulada – que representa a soma das variações mensais – em diferentes anos, conforme dados compilados pela Receita Federal:

  • 1999 – 23,02%
  • 2000 – 16,19%
  • 2005 – 17,56%
  • 2010 – 9,27%
  • 2015 – 12,54%
  • 2016 – 13,2%
  • 2017 – 7,4%
  • 2018 – 6,5%
  • 2019 – 5,79%.

Extremos da taxa Selic

Para entender os parâmetros utilizados na definição das séries históricas e os extremos já ocupados pela taxa Selic, vale a pena conhecer um pouco da sua origem. 

Entre 1° de julho de 1996 e 4 de março de 1999, a taxa básica de juros do Brasil era a TBC, determinada mensalmente.  A partir do dia 2 de janeiro de 1998, a fixação da TBC passou a ser anual. No entanto, foi só em 5 de março de 1999 que a Selic começou a vigorar como nova taxa básica de juros, com o Copom divulgando o valor periodicamente. 

Desde então, a meta mais alta já estipulada pelo Copom foi de 45% ao ano, entre 4 e 24 de março de 1999.  Hoje, o cenário é bem diferente: a meta da Selic em 3% ao ano é a mais baixa já registrada.

Por que é importante conhecer o valor da taxa Selic?

Conhecer o valor da Selic e entender as suas variações é importante porque ela é utilizada como um indicador das condições econômicas em território nacional. Não por acaso, é também denominada como taxa básica de juros.

Uma das suas funções é controlar a quantidade de dinheiro em circulação na economia, o que permite regular a oferta de crédito

Quando a Selic está em queda, a tomada de empréstimos e financiamentos bancários vinculados à taxa básica de juros passa a ser mais atrativa. A rentabilidade de investimentos direta ou indiretamente atrelados a ela, por outro lado, tende a cair. 

Ou seja, não dá para ignorar a sua existência quando o objetivo é fazer escolhas mais inteligentes em relação às finanças pessoais.

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