Diferença entre PGBL e VGBL: tire suas dúvidas

Por Redação Onze

Diferença-PGBL-VGBL

Afinal, qual é a diferença entre PGBL e VGBL? O investidor se depara com esses dois termos na hora de contratar um plano de previdência privada. E a escolha da opção certa é essencial, pois reflete inclusive no pagamento de impostos da aplicação.

Para acabar com as dúvidas, basta seguir com a leitura. Neste guia, apresentamos as diferenças entre PGBL e VGBL e outros fatores que devem ser considerados na decisão da previdência privada. Acompanhe as dicas com atenção.

Diferenças entre PGBL e VGBL: quais são as principais?

Vamos começar pelo básico: as duas principais diferenças entre PGBL e VGBL. A partir dos tópicos abaixo, você vai descobrir quais são elas.

Restituição de Imposto de Renda

A principal diferença entre os planos consiste na cobrança do Imposto de Renda.

No PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), o valor das contribuições é dedutível na declaração do Imposto de Renda. A restituição é limitada a 12% da renda bruta anual tributável.

No VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), o valor das contribuições não pode ser abatido na declaração.

Incidência da alíquota

Outra distinção é a incidência da alíquota de Imposto de Renda.

Apesar de o PGBL permitir restituição, a alíquota de IR incide sobre o valor total do investimento. Ou seja: sobre o capital investido e os rendimentos do período.

Já o VGBL tem a vantagem de que a alíquota incide apenas sobre os rendimentos.

Em ambos os casos, a definição da alíquota a ser paga é feita conforme o regime de tributação escolhido pelo investidor.

Como escolher entre PGBL e VGBL

Depois de entender a diferença entre PGBL e VGBL, você precisa identificar qual plano é indicado para você. Confira as dicas para tomar essa decisão:

1. Considere a renda

O primeiro passo é avaliar a sua renda mensal.

O PGBL é indicado para investidores com alta renda bruta tributável, que seja capaz de absorver o desconto de 12% na declaração de Imposto de Renda.

O VGBL, por sua vez, é indicado para quem não tem uma renda suficiente para a vantagem tributária.

2. Avalie o formulário de declaração de IR

Além da renda, é preciso considerar o formulário utilizado na declaração de Imposto de Renda.

O PGBL é recomendado para quem usa o formulário completo de IR, por meio do qual é possível fazer deduções variadas. Mas, para ter acesso à restituição, o investidor deve contribuir regularmente para o INSS.

E o VGBL? O plano é indicado para quem usa o formulário simplificado de declaração ou para quem não declara Imposto de Renda. Também é ideal para investidores que já contribuíram com 12% de rendimentos tributáveis anuais no PGBL e, mesmo assim, querem dar seguimento às contribuições.

Além da diferença entre PGBL e VGBL: o que analisar

Analisar a diferença entre PGBL e VGBL é essencial, mas não é o único fator. Por isso, veja abaixo outros critérios que devem ser incluídos na avaliação antes de contratar um plano de previdência privada:

1. Modelo de tributação

Além do plano escolhido, o modelo de tributação tem impacto sobre o pagamento de impostos. Existem dois regimes: o regressivo e o progressivo.

Na tabela regressiva, as alíquotas diminuem conforme o tempo. Assim, quanto maior for o período até o resgate, menor é o percentual pago pelo investidor:

  • Até 2 anos: 35%
  • De 2 a 4 anos: 30%
  • De 4 a 6 anos: 25%
  • De 6 a 8 anos: 20%
  • De 8 a 10 anos: 15%
  • Acima de 10 anos: 10%.

Assim, a tabela regressiva é indicada para quem tem certeza de um investimento de longo prazo para aproveitar a alíquota reduzida a 10%.

Já a tabela progressiva tem cobrança de IR na fonte, de forma antecipada, à alíquota de 15%. Posteriormente, há um reajuste no resgate da aplicação, seguindo a tabela progressiva de IR, que vai de 0 a 27,5%, de acordo com o valor da renda. O modelo é ideal para uma visão de curto prazo ou para quem vai se aposentar com renda inferior à faixa isenta da tabela.

2. Taxas cobradas pela instituição

Outro fator que deve ser analisado são as taxas cobradas pela instituição financeira. Nos planos de previdência, pode haver cobrança de taxas de administração, de carregamento e de performance. Portanto, a dica é avaliar o peso dos percentuais no investimento e as ofertas de diferentes bancos e corretoras.

3. Objetivo financeiro

Por fim, é importante avaliar se o seu objetivo financeiro é, de fato, para o longo prazo. A previdência privada tem foco em rendimentos atraentes ao longo de anos. Não à toa, a alíquota de IR decresce conforme o tempo. Por isso, identifique se essa é a aplicação adequada para você.

Este artigo foi útil para você? Então acesse o site da Onze e confira nossos conteúdos exclusivos!