Investir na bolsa: guia para principiantes

Por Redação Onze

Investir na bolsa

Investir na bolsa pode assustar os iniciantes. No imaginário comum, o ambiente é relacionado a executivos engravatados em pregões, analisando ações descendo e subindo, ou, ainda, à ideia de que é preciso ter muito dinheiro para começar.

Mas a bolsa de valores não é tão amedrontadora assim, e dá para começar a investir em ações com pouco dinheiro. Na verdade, com a Selic nas mínimas históricas, ficar de fora não é mais uma opção.

Antes de dar seus primeiros passos, é muito importante entender os princípios básicos desse mercado. A seguir, para ajudar na sua jornada, listamos algumas dicas para quem tem interesse em investir na bolsa de valores e ainda não sabe por onde começar.

O que significa investir na bolsa

Investir na bolsa significa investir em ações de empresas de capital aberto e se tornar sócio delas. Parece complicado? Calma, tudo vai ficar mais claro nas próximas linhas.

Conhecida por B3, a bolsa de valores brasileira é um ambiente de negociações no qual investidores podem comprar e vender ações, que são títulos emitidos por empresas, além de outros ativos.

O papel da bolsa de valores é organizar o mercado de ações e conectar empresas a investidores, garantindo o acesso ao dinheiro à empresa que abriu capital pelas ações vendidas e ao investidor que comprou essas ações.

Já faz alguns anos que as operações, antes realizadas por meio do pregão viva-voz, acontecem 100% on-line, o chamado pregão eletrônico. Essas operações são realizadas por meio de um Home Broker, plataforma que bancos de investimento e corretoras de valores têm.  Isso significa que, para investir na bolsa de valores, o investidor precisa desse intermediário.

Outra medida de segurança importante para o investidor é que todas as ações adquiridas no Brasil são mantidas na CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia).

Antes de investir na bolsa

Antes de investir na bolsa, veja o nosso guia prático:

Respeite seu perfil de investidor

A lição de casa essencial para quem quer investir na bolsa de valores, além de estudar muito o tema, é descobrir seu perfil de investidor. Assim, você saberá se está disposto a lidar com as oscilações comuns às ações negociadas.

Normalmente, iniciantes sofrem bastante ao ver a flutuação dos ativos e, levados pela emoção, tomam más decisões e perdem dinheiro. Por isso, comece devagar e de forma conservadora.

Estude a renda variável

Diferente da renda fixa, na qual o investidor sabe o quanto seu dinheiro irá render, a renda variável, como o nome diz, está sujeita a oscilações diárias, o que pode assustar em um primeiro momento.

No Brasil, que é um país com uma cultura de investimentos deficiente, menos de 1% da população investe em renda variável. Mas, para quem tiver um perfil mais arrojado e souber lidar com a volatilidade da bolsa de valores, a renda variável pode ser uma opção muito lucrativa.

Por isso, vale estudar o mercado, conhecer as empresas e, principalmente, tirar todas as dúvidas com o seu assessor de investimentos ou sua corretora.

Entenda o que é uma ação

Uma ação corresponde a um percentual do capital social de uma empresa de capital aberto.

Essas empresas que negociam ações na bolsa são as de Sociedade Anônima (S.A.). Isso significa que todo mundo que investe em uma ação dessa companhia se torna sócio dela, já que, na prática, está comprando uma cota de participação.

As aplicações são documentadas em papéis que ficam sob a tutela da bolsa de valores – no caso do Brasil, a B3.

As ações são negociadas em lotes. Cada lote equivale a 100 ações. Então, se a ação que você quer comprar está cotada em R$ 5, o preço mínimo do investimento é de R$ 500. Mas esse é só um exemplo e existem ações de diversos valores.

Além disso, você também pode comprar ou vender ações por meio de lotes fracionados, com menos de 100 ações. Essa medida permite que investidores de todos os perfis possam entrar na bolsa de valores.

Descubra o que são dividendos

Dividendos são a remuneração distribuída aos acionistas correspondente a uma parcela do lucro líquido da empresa.

Muitas empresas dividem periodicamente parte dos lucros com os detentores de seus papéis. Isso significa que, quanto mais ações você tiver, mais dividendos irá receber.

Organize as finanças pessoais

Antes de começar a investir na bolsa, é importante fazer um planejamento financeiro detalhado. Isso porque, para manter a consistência dos seus investimentos, você deverá separar um montante por mês para esse objetivo específico.

É essencial lembrar também que operar na renda variável apresenta um risco. Por isso, não comprometa um dinheiro das suas contas essenciais em investimentos, pois você poderá se frustrar com eventuais quedas.

Faça uma reserva de emergência

Se você já se animou com a perspectiva de investir na renda variável, não se esqueça de garantir na sua carteira pelo menos um título ou fundo de renda fixa, seguro e com liquidez. Esse fundo de investimento é fundamental em caso de uma emergência.

Uma boa opção são fundos que aplicam em títulos do Tesouro Selic e não cobram taxa de administração. Com eles, você tem liquidez total, rentabilidade alinhada com a taxa básica de juros e resgate diário.