Previdência particular: como obter uma renda complementar na aposentadoria

Por Redação Onze

Plano da previdência 2019

Quem opta por fazer uma previdência particular está preocupado em manter o padrão de vida atual durante a aposentadoria, ou mesmo em manter uma fonte de renda extra enquanto envelhecer.

Isso porque, muitas vezes, o benefício oferecido pelo Governo Federal não é suficiente para garantir a mesma qualidade de vida. 

Se você está interessado em garantir qualidade de vida na terceira idade, então a previdência privada é uma excelente forma de fazer isso.

Acompanhe o artigo a seguir para tirar dúvidas sobre o porquê desse investimento ser recomendado como uma fonte de renda complementar e saiba como contratar um plano ideal para o seu perfil. 

O que é e como funciona?

A previdência particular é um método bastante simples disponível para poupar dinheiro para o futuro. Ela é basicamente composta por dois períodos:

  • Acúmulo: fase em que o seu capital irá crescer. Durante esse período, você poderá efetuar aportes mensais ou apenas um grande depósito inicial. Além disso, o seu dinheiro é aplicado em diferentes tipos de investimento, conforme contrato, e ficará rendendo;
  • Resgate: fase em que você poderá sacar o seu dinheiro. É possível sacar o dinheiro de uma só vez, ou então receber uma determinada quantia mensalmente, até o final da sua vida ou mesmo por um período específico.

Existem ainda dois tipos de previdência particular:

  • Aberta: administrada por bancos e seguradoras. Qualquer pessoa tem acesso aos planos de previdência oferecidos por essas empresas;
  • Fechada: oferecidas por empresas privadas e estatais exclusivamente para os seus funcionários.

E para quem for fazer uma previdência privada, ainda existem dois tipos: 

  • PGBL: o Imposto de Renda é cobrado sobre o valor total da aplicação. O valor depositado pode ser deduzido do ajuste anual de IR;
  • VGBL: o Imposto de Renda é cobrado somente sobre o valor dos rendimentos e os depósitos durante o período de acúmulo não podem ser deduzidos do IR.

Previdência particular x previdência social?

A previdência social é um tipo de seguro social que o trabalhador faz enquanto está trabalhando e consiste em um desconto mensal em folha de pagamento. Todo trabalhador que contribui com a previdência social tem direito à aposentadoria conforme a legislação vigente.

Além disso, a previdência social também garante ao trabalhador outros benefícios como auxílio-doença, salário maternidade, pensão por morte e aposentadoria por invalidez.

No modelo atual de previdência, os trabalhadores ativos custeiam a aposentadoria dos trabalhadores inativos. Entretanto, há muito tempo o governo vem gastando mais dinheiro para fazer esses pagamentos do que ele tem arrecadado. 

O resultado disso é que as regras para aposentadoria frequentemente mudam. Além disso, a previdência passou por uma reforma recente com alteração de diversas regras. Ou seja, a incerteza de como estará a previdência em 30 anos é muito grande.

Por isso, a previdência particular é importante como um complemento ao que o INSS paga para os aposentados. Além disso, em muitos casos o valor do benefício pode não ser suficiente para que você mantenha o mesmo nível de vida que tinha antes da aposentadoria.

E outras formas de investimento?

Agora você já sabe o que é a previdência particular e como ela funciona, mas também é importante ter a comparação com outros tipos de investimentos. Nesta seção, vamos compará-la com outro tipo de investimento muito procurado no Brasil, o Tesouro Direto.

Quem aplica dinheiro no Tesouro Direto está investindo em títulos públicos, ou seja, emprestando dinheiro para o governo. Em troca, o governo te paga juros no vencimento da aplicação.

Dependendo do tipo de Tesouro Direto escolhido, você já vai saber quanto de juros receberá no momento em que aplica o dinheiro (pré-fixados) ou somente quando efetuar o resgate (pós-fixado). Esse tipo de investimento possui uma tabela regressiva de Imposto de Renda, que é calculado sobre os rendimentos da aplicação.

Existem diversas vantagens em investir em Tesouro Direto. As principais delas são:

    • Baixo caixa inicial: é possível fazer aplicações a partir de R$ 30,00, o que o torna muito acessível para grande parte das pessoas;
  • Liquidez: dependendo do plano, é possível sacar o dinheiro a qualquer momento, por mais que não seja o ideal. É preciso apenas ficar atento porque podem haver taxas e multas para saque antecipado;
  • Segurança: essa é uma aplicação de baixo risco;
  • Rendimentos: o rendimento das aplicações em Tesouro Direto geralmente ficam acima da inflação porque eles utilizam como benchmark a Taxa Selic ou o CDI.

Por outro lado, a previdência particular funciona de maneira semelhante à poupança, ou seja, possuem um rendimento menor em comparação ao Tesouro Direto. Além do rendimento baixo, a poupança é consumida pela inflação. Por outro lado, ao contrário da poupança, o rendimento da previdência privada varia de acordo com os planos contratados e, por isso, oferecem rentabilidades diferentes. 

Quais as vantagens da previdência privada?

Se você ainda não tem certeza se vale a pena ou não investir em previdência particular, veja as principais vantagens a seguir:

  • Qualidade de vida: como você tem uma renda complementar, não precisa depender apenas do dinheiro pago pelo governo e consegue manter o mesmo padrão de vida que tinha enquanto trabalhava;
  • Disciplina financeira: é importante criar o hábito de poupar dinheiro, não apenas pelo fato de acumulá-lo, mas para que você possa se programar e fazer tudo aquilo que tem vontade, como viajar, comprar uma casa ou passar mais tempo com a sua família sem preocupação;
  • Portabilidade: passado o período de carência de 60 dias, você pode transferir a sua previdência para outro banco que ofereça melhores condições ou que seja mais conveniente para você;
  • Não tem come-cotas: o IR é recolhido somente no momento em que você faz o resgate da aplicação;
  • Dedução de IR: dependendo do plano de previdência privada escolhido, você poderá obter uma dedução de até 12% no IR;
  • Planejamento sucessório: a previdência particular não entra em inventário, portanto, é um jeito muito prático e fácil de garantir o futuro da sua família quando você não estiver mais por perto;
  • Investimento de longo prazo: você não precisa se preocupar em ficar fazendo a gestão do seu investimento. O importante é fazer as aplicações periódicas para contribuir para o aumento do seu patrimônio durante o período de acúmulo da previdência.

Para ter mais dicas sobre a previdência privada, como gerir melhor o seu dinheiro ou como começar a investir, é só acompanhar o Blog da Onze.