Gestor de previdência privada: as diferenças entre os planos e como escolher o melhor para investir

Por Redação Onze

Quem está em busca de um plano previdenciário, precisa contratar um gestor de previdência privada para começar a investir. Sua escolha é fundamental, pois irá interferir diretamente em sua rentabilidade. 

Com planos e diferentes políticas de investimento oferecidas pelas instituições gestoras, você sabe quais características deve procurar em um gestor de previdência privada? Confira quais são as diferenças na forma de gestão dos recursos e como elas estão alinhadas a diferentes perfis de investidores. Vamos lá?

Quais as diferenças entre os planos?

Antes de escolher um  gestor de previdência privada, é preciso entender como essa instituição funciona e quais são os planos disponíveis para quem deseja investir. Cada plano possui seus riscos, rentabilidade e taxação. 

Quais os tipos de planos

Existem dois tipos de planos de previdência privada que têm características que agradam diversos perfis de investidores.

PGBL

A sigla PGBL significa Plano Gerador de Benefício Livre e é o tipo de plano mais indicado para quem entrega o modelo completo da declaração de Imposto de Renda. Isso porque, com ele, é possível deduzir até 12% das contribuições realizadas de sua renda bruta tributável. 

Além disso, no momento do resgate, o Imposto de Renda incidirá sobre o valor total,  seja o principal das contribuições quanto os rendimentos. 

VGBL

Já o plano VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é mais indicado para quem é isento ou faz a declaração de Imposto de Renda simplificada, já que ele não permite abater a base de cálculo do IR.  Nesse plano, apenas  os rendimentos de suas aplicações são tributados. 

Tributação

Além de escolher o plano adequado, você deve saber qual o melhor regime de tributação para o seu perfil de investidor e objetivos.

A tabela regressiva é voltada para quem deseja rendimentos de longo prazo.  Já que a tributação, que ocorre no momento do resgate,  varia de acordo com o tempo que o dinheiro permaneceu investido, ou seja, quanto maior o tempo, menor a tributação. Ela começa com 35% para investimento de até dois anos e diminui 2% a cada dois anos, chegando a 10% para aplicações com 10 anos ou mais. 

Por outro lado, a tabela progressiva varia de acordo com a tabela do imposto de renda e depende do valor resgatado, ou seja, quanto mais acumular para resgatar, maior a tributação, com  alíquotas que podem chegar a 27,5%.

Há riscos com a aplicação?

Os riscos da previdência privada são como qualquer outro investimento. Ao contratar uma previdência, cada plano possui seu grau de risco, de acordo com as aplicações do fundo e da instituição emissora.

Além disso, uma informação importante é que a previdência privada não conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Ou seja, se o seu gestor for à falência, você vai perder todo o dinheiro que foi investido. Por esse motivo, é fundamental escolher muito bem o seu gestor de previdência privada. 

Taxação

Ao investir  na previdência privada, o gestor irá cobrar duas taxas: a de administração e a de carregamento. 

Taxa de administração

A taxa de administração é cobrada, anualmente, pelo gestor como um pagamento pelos serviços prestados e incide sobre o saldo do plano. 

Essa taxa é um percentual ao ano e pode variar muito de gestor para gestor. Existem taxas que vão de 1% a.a até de 6% a.a. Mas muita atenção: apesar de esse valor sempre ser apresentado ao ano, ele é cobrado mensalmente.

Alguns gestores podem variar essa taxação com o tempo de aplicação. Ou seja, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menor será essa porcentagem. 

Taxa de carregamento

Já a taxa de carregamento existe para cobrir as despesas de administração e manutenção das aplicações, como os custos de venda e as corretagens do plano, por exemplo. Essa é uma cobrança percentual sobre o capital aplicado.

Geralmente, as taxas de carregamento praticadas no mercado chegam até 5% do valor depositado pelos clientes. Além disso, ela não é cobrada periodicamente, mas apenas quando o beneficiário faz uma nova movimentação no seu plano, seja de entrada ou saída de capital. Ainda, o gestor pode optar por não cobrá-la. 

Como escolher o melhor gestor de previdência privada?

O relacionamento com o seu gestor de previdência privada irá seguir pelo tempo em que durar o seu investimento. Por isso, é preciso escolher com cautela e atenção. Para tanto, você deve considerar alguns pontos. Veja a seguir. 

Credibilidade da instituição

O primeiro ponto a ser considerado é a credibilidade da instituição que você pretende contratar. Por isso, informe-se sobre a sua idoneidade. 

É imprescindível que o gestor de previdência privada seja autorizado a atuar no Brasil. Para encontrar essa informação, você deve procurar por ele no site da Superintendência de Seguros Privados (Susep), responsável pela fiscalização dessas instituições.

Além disso, você deve conhecer seus portfólios de produtos e políticas de investimentos. 

Alinhamento das características do plano com o perfil do investidor

Qual o seu perfil de investidor? Para escolher o melhor gestor de previdência privada, é necessário que as características do plano oferecido esteja de acordo com o seu perfil de investidor. 

Primeiramente, você deve conhecer o seu próprio perfil. Eles são comumente classificados da seguinte forma:

  • Conservador – É o investidor que prioriza a segurança em suas aplicações e opta por investimentos de menor risco. Sua característica principal é preservar seu patrimônio;
  • Moderado – Investidores com esse perfil gostam de segurança, mas já possuem tolerância a alguns riscos de longo prazo. Sua característica principal é equilibrar rentabilidade e risco; 
  • Agressivo – Já esse investidor é aquele que deseja a maior rentabilidade e aceita exposições ao risco em busca de ganhos maiores que a inflação a médio e longo prazo, mesmo com riscos de prejuízo. Apesar de também investir em aplicações mais seguras, seu objetivo é aumentar seu patrimônio. 

Tendo em mente qual o seu perfil de investidor, você poderá analisar as características de cada plano e ver quais que se adequam melhor aos seus objetivos. Assim, antes de escolher o seu gestor, conheça a política de investimento que é adotada.

Custos e taxas

Para escolher o seu gestor de previdência privada, é muito importante saber quanto você precisará pagar para ele. Por isso, você deve se informar sobre a taxa de administração e a de carregamento.

Cada gestor possui suas próprias taxas. Portanto, você deve comparar os valores praticados para escolher o melhor para você, uma vez que essas taxas influenciarão diretamente na sua rentabilidade. 

Alguns gestores, por exemplo, diminuem as taxas de administração com o passar do tempo. Além disso, existem vários gestores que não cobram a taxa de carregamento de seus clientes, já que é uma cobrança opcional. 

Dicas finais

Escolher o gestor de previdência privada é um passo muito importante para começar seu investimento. Ele deve ter credibilidade e possuir características de acordo com o seu perfil. Além disso, as taxas cobradas por cada instituição pode influenciar diretamente em sua rentabilidade e no valor final recebido.

Agora que você já sabe como escolher o gestor de sua previdência privada, acompanhe nosso site e fique por dentro de todas as opções de investimentos para que você tenha um futuro tranquilo.