Investimento previdência privada: quando investir e como funciona

Por Redação Onze

Ter um investimento em previdência privada é considerado atualmente uma boa escolha para o futuro e garantia de uma aposentadoria financeiramente tranquila. Mas será que esse é realmente um bom negócio ou você sabe quanto vai precisar de imposto de renda sobre  esse rendimento? 

Nos próximos parágrafos você entenderá porque investir em previdência privada pode ser uma opção muito vantajosa e confiável para complementar a sua aposentadoria e como fazer seus investimentos de forma segura. Vamos lá?

Quando vale a pena o investimento previdência privada?

Quem pretende contratar uma previdência privada precisa ter em mente que esse é um investimento a longo prazo. Afinal de contas, é com esse dinheiro que você poderá fazer uma boa complementação da aposentadoria recebida pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e conseguirá ter uma vida financeiramente mais confortável no futuro.

O investimento em previdência privada pode funcionar de modo semelhante a um fundo de investimento, com gestor de investimento, carteira de ativos e taxas administrativas. Por isso, a rentabilidade do seu plano vai depender de como o dinheiro será aplicado.

É importante ficar atento porque alguns planos de previdência podem, até mesmo, ser um investimento de risco caso a maior parte do dinheiro esteja investida em renda variável. Entretanto, de um modo geral, o investimento em previdência privada tende a ser um pouco mais conservador, ou seja, aplicado em sua maior parte em renda fixa.

Aliás, com o dinheiro aplicado em renda fixa, é importante dizer que ele vai render mais do que a poupança porque a maior parte dos investimentos em renda fixa tem o CDI ou a taxa Selic como benchmark.

Enquanto isso, as poupanças rendem menos do que o investimento em previdência privada. Quem conseguiu fazer aplicações em poupança antes de maio de 2012 teve um rendimento mensal de 0,5%. Entretanto, para os depósitos feitos depois disso, o rendimento da poupança foi de 70% da taxa Selic somado à TR (Taxa referencial) do período.

Já faz algum tempo que a TR é sempre igual a zero, e com as recentes reduções da taxa Selic, que atualmente está em 3%, a poupança será incapaz de conseguir compensar a perda da inflação para o seu dinheiro investido.

Portanto, quando os rendimentos desses dois tipos de investimentos, previdência privada e poupança, são comparados, é possível perceber que é muito mais vantajoso fazer investimento em previdência privada.

Como funciona o investimento?

O investimento em previdência privada tem basicamente duas fases: acumulação e resgate. O período de acumulação consiste no tempo em que o seu dinheiro ficará rendendo e o seu patrimônio irá crescer. Já o resgate é o momento em que você poderá sacar o valor que foi investido, junto com os rendimentos. 

Por exemplo, quando você contratar um plano de previdência, ele poderá ser de 10 anos. Nesse momento, você poderá optar por fazer um único depósito e simplesmente deixar o dinheiro rendendo pelos próximos 10 anos. Ou então optar por fazer vários depósitos mensais nos próximos 10 anos. Depois desse período, você poderá resgatar o dinheiro.

Esse resgate ainda pode ser feito de diferentes formas:

    • Resgate total: resgate do valor total do investimento após o período de carência;
    • Resgate parcial: é permitida a realização de resgates parciais a qualquer momento após a carência;
    • Renda mensal vitalícia: recebimento de valores mensais estipulados até o fim da vida;
    • Renda mensal vitalícia com prazo mínimo garantido: recebimento mensal de uma quantia estipulada até determinada data escolhida pelo contratante.

Além disso, é importante mencionar que há diversas vantagens no investimento em previdência privada. São eles:

  • Sem come-cotas: a alíquota de IR é recolhida somente no resgate da aplicação; não há cobrança antecipada;
  • Benefícios tributários: dependendo do tipo de investimento em previdência privada que você escolher, é possível ter até 12% de dedução no imposto de renda. Falaremos mais a respeito disso a seguir;
  • Investimento a longo prazo: essa é uma excelente forma de começar a investir a longo prazo e pensar na aposentadoria para ter um futuro mais tranquilo.

Quais são as modalidades?

As previdências privadas podem ser de dois tipos, abertas ou fechadas (corporativas).

Na modalidade aberta, qualquer pessoa pode contratar um plano e esses são oferecidos por bancos, seguradoras, dentre outras instituições financeiras.

Já as fechadas, ou corporativas, são os planos de previdência oferecidos por empresas e que apenas os funcionários têm acesso.

A seguir, explicaremos em mais detalhes quais são as duas modalidades para que você possa escolher uma opção de aplicação em previdência privada.

PGBL

A modalidade PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) tem como característica principal o fato de que o Imposto de Renda é cobrado no momento do resgate do investimento e sobre o total de recurso aplicado. Ou seja, o valor será calculado somando o que você investiu com os rendimentos.

Portanto, se você investiu um total de R$ 100 mil e conseguiu um rendimento de R$ 30 mil, o valor do imposto será calculado sobre R$ 130 mil.

Entretanto, quem optar por esse plano poderá fazer a dedução do valor investido na previdência anualmente quando fizer a declaração de IR. A lei permite uma dedução das contribuições de até 12% da renda bruta anual. Vale ficar atento que para ter direito a essa dedução, é preciso ter vínculo com algum tipo de previdência pública, como o INSS.

Essa modalidade de previdência privada é mais indicada para pessoas que possuem rendas elevadas e que fazem a declaração do IR utilizando o formulário completo.

VGBL

Já a modalidade VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) faz a cobrança do IR também no momento do resgate e sobre o valor dos rendimentos. Utilizando o exemplo acima, o cálculo terá como base os R$ 30 mil de rendimento obtidos durante o investimento.

Por outro lado, ele não permite dedução de IR do valor que foi aplicado. Portanto, ao fazer a sua declaração de ajuste anual de IR, você deverá informar o valor que foi investido em previdência privada.

Conheça a Onze

Na Onze você encontrará outras dicas e informações sobre como cuidar melhor do seu dinheiro, funcionamento da previdência privada e sobre o mundo dos investimentos. Confira já.