Previdência social ou privada: qual vale mais a pena para garantir seu futuro?

Por Redação Onze

Previdência social ou privada: essa é a escolha que todo brasileiro precisa fazer o mais rápido possível. Afinal, após a reforma da previdência e em meio a tantas incertezas políticas, ficou ainda mais claro que a aposentadoria pelo sistema público não é uma opção tão confiável. 

Ao mesmo tempo, os planos de previdência privada tiveram um crescimento expressivo e vêm oferecendo condições mais atrativas para os investidores. Logo, ter um investimento próprio para complementar a aposentadoria social ou construir patrimônio em longo prazo pode ser uma boa ideia. 

Se você ainda tem dúvidas sobre a previdência social ou privada, este artigo tem todas as informações que você precisa para decidir.

Previdência social ou privada: qual é melhor? 

Decidir entre previdência social ou privada para garantir o futuro é a nova preocupação dos brasileiros. 

Essa discussão foi reforçada pela reforma da Previdência, que revelou o déficit alarmante nas contas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e teve impacto nos benefícios e tempo para conseguir a aposentadoria. 

Diante das incertezas da previdência pública, que é um dos tripés da seguridade social do governo ao lado da saúde e assistência social, as pessoas passaram a buscar alternativas na aposentadoria complementar. 

O problema é que, até pouco tempo atrás, os planos de previdência privada (gerenciados por bancos, seguradoras e corretoras) eram vistos como produtos financeiros desinteressantes, com rendimentos baixos, altos custos e pouca flexibilidade. 

Mas, graças às mudanças regulatórias promovidas pela Susep (Superintendência dos Seguros Privados), os bancos e gestoras independentes ganharam mais liberdade para melhorar a previdência privada e tornar o investimento mais atrativo.  

Desde então, o mercado reagiu ampliando as opções de planos privados, reduzindo taxas e criando estratégias de investimento mais arrojadas, que superam com folga a renda fixa, especialmente no longo prazo

Logo, existe um movimento claro de queda da confiança na previdência pública e crescimento da previdência privada. Segundo uma estimativa da consultoria Mercer, publicada em 2019, 4 milhões de brasileiros devem aderir aos planos privados nos próximos 5 anos. 

Ao longo do artigo, você vai entender melhor essa situação e decidir o que vale mais a pena.

As dificuldades da previdência social 

Antes de escolher entre previdência pública ou privada, você precisa entender como está a situação do INSS atualmente. 

Segundo dados do Tesouro Nacional, o rombo da previdência atingiu seu recorde histórico de R$ 318 bilhões em 2019. 

Isso representou um aumento de 10% no déficit previdenciário, que é composto por R$ 213,3 bilhões negativos nas aposentadorias do setor privado, R$ 53,1 milhões dos servidores públicos, R$ 47 bilhões dos militares e R$ 5 bilhões do fundo constitucional do Distrito Federal. 

Por isso a reforma da previdência foi tão urgente, já que o governo espera economizar mais de R$ 1 trilhão em 10 anos com as novas regras.

Outro problema atual que chama a atenção é o aumento do tempo de espera para receber os benefícios do INSS: o prazo para conseguir uma aposentadoria saltou de 114 dias em 2018 para uma média de 168 dias em 2019. 

Ao todo, 2 milhões de pessoas estavam na fila da previdência social em dezembro de 2019. 

Mas não é apenas o Brasil que enfrenta dificuldades para manter sua previdência pública, como mostra 11ª edição da pesquisa Índice Global de Sistemas Previdenciários, publicada pela consultoria Mercer Melbourne.

O estudo, que compara 37 sistemas previdenciários no mundo e cobre dois terços da população global, revela que todos os países estão tendo que lidar com uma expectativa de vida sem precedentes e uma pressão crescente sobre os recursos públicos para garantir a saúde e bem-estar dos cidadãos mais velhos.

No ranking, a Holanda ficou em primeiro lugar e a Tailândia em último, enquanto o Brasil caiu duas posições em relação a 2018 e ficou com a 23ª colocação. O método de pontuação utilizado se baseia nos critérios de integridade, adequação e sustentabilidade do sistema de previdência social. 

Com a aprovação da reforma da previdência de 2019, a tendência é que o Brasil melhore seu principal ponto fraco: a sustentabilidade do sistema, que tem uma das piores notas do ranking. 

De qualquer forma, o INSS ainda terá que enfrentar o desafio da inversão da pirâmide etária brasileira, considerando que o país possui 28 milhões de idosos e chegará aos 43 milhões até 2031, segundo dados do IBGE publicados em 2019. 

Conforme aumenta a longevidade da população e cai a taxa de natalidade, o sistema previdenciário público fica cada vez mais pressionado — daí a necessidade de aumentar o tempo de contribuição e a idade de aposentadoria dos cidadãos. 

Sem contar que cada vez mais a informalidade cresce no Brasil, especialmente por conta das últimas crises econômicas, que elevaram muito a taxa de desemprego. Trabalhar sem carteira assinada foi a alternativa encotrada por muitos brasileiros. Com isso, é claro, aumentou também o número de pessoas que seguem sem contribuir com a previdência.

Cai a previdência pública, cresce a previdência privada 

A discussão sobre a previdência social ou privada veio à tona logo após a reforma da previdência, e quem se destacou foram os bancos, seguradoras e gestoras independentes.

Naturalmente, ao primeiro sinal de insegurança no INSS, a população busca alternativas para garantir sua aposentadoria e evitar o trabalho na terceira idade — ou seja: planos de previdência privada.

Esse movimento também aumentou a concorrência entre instituições que oferecem planos e forçou as taxas de administração para baixo, ampliando o leque de opções na previdência complementar. 

Em 2019, esses planos ganharam mais de 400 mil novos participantes, alcançando a reserva histórica de R$ 1 trilhão, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).

Os novos depósitos da previdência privada aberta somaram R$ 126,4 bilhões, representando uma expansão de 16,9% em relação a 2018. Já a captação líquida foi de R$ 55,5 bilhões, consolidando um crescimento de 40,4% — uma mudança significativa em relação à queda anual de 30% em 2018. 

Na visão do presidente da FenaPrevi, Jorge Nasser, a aprovação da reforma da previdência foi fundamental para atrair novos participantes e mudar a mentalidade da população. “Até por falta da informação, existia uma visão de que o governo operaria um milagre, o que começou a mudar”, ele afirma. 

Além da busca pela segurança no setor privado, esse resultado também se deve à diversificação dos produtos de previdência, que ampliaram o portfólio de investimentos para oferecer soluções mais rentáveis e competitivas.

Outro fator essencial é a queda histórica da Selic, a taxa básica de juros do país, que está em 2% ao ano (setembro de 2020) e afeta a atratividade dos planos de previdência, já que boa parte aplica a maioria dos recursos na renda fixa — que tem sua rentabilidade atrelada à Selic. 

Por isso, os bancos e gestoras viram a necessidade de diversificar seus fundos previdenciários e incluir aplicações em ações, fundos de índice, juros, entre outras opções de renda variável. 

Previdência social ou privada: 5 diferenças fundamentais 

Agora que você conhece o cenário, a escolha entre previdência social ou privada vai depender dos seus objetivos e critérios. Confira as diferenças fundamentais entre as duas.

1. Administração pública x privada

A primeira diferença entre a previdência pública e a privada é a administração dos recursos investidos, já que a primeira é de responsabilidade do governo e a segunda é gerenciada por instituições especializadas.

No caso do INSS, o benefício a ser recebido no futuro é pré-estipulado pelo governo. É claro que os valores são corrigidos ao longo dos anos, especialmente para cobrir a inflação, mas não há expectativa de grandes ganhos.

Isso significa que não há um gestor por trás buscando oportunidades de investimento que farão sua aposentadoria pular de 2 salários mínimos para 5 no futuro.

Por outro lado, na previdência privada, todos os recursos investidos vão para um fundo de previdência que é gerido por especialistas. Alguns fundos rendem mais, outros menos, especialmente por conta das estratégias de gestão.

Mas, de qualquer forma, as chances de ganhos na previdência privada são bem maiores e há mais transparência na gestão (você sabe quanto seu dinheiro está rendendo), além da fiscalização contínua da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). 

2. Contribuição obrigatória x facultativa

A contribuição à previdência pública é obrigatória para quem trabalha com carteira assinada e obedece a uma tabela de alíquotas progressivas de acordo com a remuneração (em geral, descontada do salário). 

Já na previdência privada, você pode contribuir com o quanto quiser (respeitando o aporte inicial mínimo do plano, se houver) e na periodicidade que preferir — assim, é mais fácil organizar suas aplicações para ter um bom rendimento na previdência privada.

3. Carência longa x curta

As carências do INSS chegam a 180 meses de contribuição, no caso do recebimento da aposentadoria. Os planos de previdência privada, por sua vez, têm períodos de carência a partir de 60 dias, mas pode ser maior dependendo do plano

4. Benefício máximo x ilimitado

Atualmente, a previdência social tem um teto de R$ 6.101,06 (2020) para pagamento de aposentadorias e benefícios. Isso significa que não importa quanto você ganha hoje, não vai se aposentar com mais de R$ 6 mil.

Lembrando ainda que 83,4% dos aposentados pelo INSS recebem menos de dois salários mínimos (R$ 2.090,00 em 2020) e 70% vivem com apenas um salário mínimo, segundo dados da secretaria especial de Previdência e Trabalho publicados em 2019.

Enquanto isso, a previdência privada não tem limite para aplicações e recebimento dos benefícios — você ganha exatamente o que aplicou com as correções e juros. 

5. Resgate restrito x livre

A previdência pública não permite resgate antecipado de recursos, nem de uma única vez na solicitação da aposentadoria — a única opção é receber o valor mensal calculado e pago pelo governo.

Já na previdência privada, você pode resgatar os recursos na hora que quiser após cumprir a carência.

Além disso, você pode escolher entre o resgate financeiro, que pode ser total ou parcelado, e resgate por renda, uma modalidade atuarial que funciona como um seguro: você acorda com a seguradora por quantos anos vai receber o benefício, de quanto será e se ele ficará ou não para seus herdeiros quando você falecer. 

Onze: previdência privada sob medida para empresas

Como vimos, depender do INSS para se aposentar não é uma opção segura, e a previdência privada oferece muito mais liberdade e perspectivas para alcançar objetivos no futuro — seja uma aposentadoria confortável ou outras metas pessoais.

Com o aumento das opções mais rentáveis e taxas menores, as pessoas estão se conscientizando sobre a importância de ter seu próprio investimento de longo prazo para construir patrimônio e garantir uma renda melhor lá na frente. 

Ao mesmo tempo, as empresas estão começando a oferecer planos de previdência, pois trata-se de um benefício corporativo bastante desejado pelos colaboradores e que ajuda o empregador a reduzir o estresse financeiro na empresa e aumentar a produtividade.

Além disso, empresas que praticam o lucro real, quando decidem fazer aportes correspondentes aos dos funcionários, contam com benefícios fiscais que tornam o plano ainda mais vantajoso.

É aí que entra a Onze: uma gestora independente de fundos de previdência privada corporativa focada em uma gestão de baixo custo e bons retornos aos colaboradores, que contam ainda com um acompanhamento regular da saúde financeira. Para conhecer melhor o produto, acesse nosso site.